Curitiba atualiza número de casos confirmados de sarampo

Até esta quinta-feira (7/11), Curitiba registra 217 casos confirmados de sarampo no município neste ano – 18 deles são novos. A faixa etária em que há maior número de registros confirmados é entre 20 e 29 anos, o que corresponde a 58% do total. A idade mediana é de 22 anos.

Do total de casos confirmados, 29 são importados (na maior parte, a provável fonte de infecção foi São Paulo), e em 188 a transmissão foi secundária (quando uma pessoa transmite o vírus para outra que não viajou) ou são casos em que não foi possível determinar a pessoa responsável pela transmissão ou o local em que ocorreu o contágio. Em apenas 12 casos foi necessária a internação hospitalar – todos já tiveram alta.

Além dos casos confirmados, a SMS investiga, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), outros 271 casos suspeitos da doença no município – grande parte só pode ser confirmada após a realização de exame de sangue, coletado sete dias após o surgimento das manchas vermelhas na pele.

Vacinação
A vacinação de rotina segue nas 110 unidades de saúde de Curitiba, de segunda a sexta-feira. Do início do ano até 4 de novembro, foram aplicadas em Curitiba 185.256 doses de vacina contra o sarampo – quase o dobro que em todo ano de 2018 e quase o triplo das doses aplicadas em 2017.

De acordo com o calendário nacional de vacinação atual, crianças, adolescentes e adultos de até 29 anos devem ter duas doses da vacina contra o sarampo, feitas após um ano de idade. Adultos de 30 a 49 anos devem ter pelo menos uma dose, feita após um ano de idade.

Desde o dia 22 de agosto, o Ministério da Saúde também recomendou uma dose extra para bebês entre 6 a 11 meses. Essa dose promove imunidade temporária, sendo necessário, após um ano, realizar as vacinas previstas no calendário de rotina da criança.

Em Curitiba, a cobertura da vacina contra sarampo em crianças de 1 ano de idade é de 101,4% hoje. E, nos dez anos anteriores, essa cobertura ficou entre 93% e 100,4%.

O alerta de vacinação, porém, é reforçado para os bebês entre 6 a 11 meses e jovens e adultos, entre 20 e 29 anos. “Para os bebês desta faixa etária é importante porque é uma recomendação nova do Ministério da Saúde”, diz a médica infectologista da Secretaria Municipal da Saúde, Marion Burger. E para os jovens adultos é imprescindível verificar a situação vacinal porque eles estão na faixa etária mais atingida, de acordo com a médica.

“O calendário nacional de vacinação sofreu mudanças ao longo da história e, por isso, é necessário observar se o número de doses recebidas pela pessoa ao longo da vida estão de acordo com o que é preconizado hoje em dia pelo Ministério da Saúde”, explica Marion. Segundo ela, as mudanças no calendário nacional no passado podem explicar o fato de parte dos jovens adultos não estarem imunizados adequadamente e estarem mais suscetíveis ao surto atual no país.

Contraindicações
A vacina é contraindicada para menores de 6 meses, gestantes, pacientes imunodeprimidos ou com histórico de reação alérgica grave, após dose prévia ou após contato com as substâncias que compõem a vacina. Recomenda-se também um intervalo de 30 dias após a vacina para as mulheres que desejam engravidar.