Curitiba supera meta da vacinação contra a gripe em dois grupos

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O Ministério da Saúde prorrogou por mais duas semanas a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza para os grupos suscetíveis a desenvolver complicações devido ao vírus. O motivo foi a baixa adesão nacional à vacinação, de apenas 60,5%.
A cobertura alcançada em Curitiba foi superior à média nacional. Foram vacinados 74,5% do total dos indicados ou 82,7% da meta estabelecida pelo ministério, superior também à média estadual de 78,1%. A meta em Curitiba foi superada em dois grupos: o de idosos, com 189.187 vacinados (94,2% da população total dessa categoria); e o das puérperas (mães recentes), com 4.245 doses ou 138,7% do total estimado desse grupo.
Os que ficaram abaixo do desejado foram o grupo das crianças, com 55,1% (55.935 imunizações); das gestantes, com 55,1% (10.248); e dos profissionais da saúde, com 40,1% (21.282). Esses percentuais se referem ao total estimado da população de cada grupo, objetivo de alcance da Secretaria Municipal da Saúde.
Até quinta-feira (25/5) foram aplicadas 360.898 doses da vacina. Doentes com comorbidades foram 55.802 e professores, 20.690.
A vacinação continua nos 110 postos de saúde distribuídos em todas as regiões da capital, até 9 de junho. Os grupos não foram alterados, a vacina está disponível para:
•    Crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos 11 meses e 29 dias);
•    Gestantes;
•    Puérperas (até 45 dias após o parto);
•    Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medida socioeducativas;
•    População privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional;
•    Trabalhadores da saúde;
•    Povos indígenas;
•    Idosos com 60 anos ou mais;
•    Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;
•    Professores das escolas públicas e privadas.
Cuidados
A gripe é uma doença muito contagiosa causada pelo vírus influenza. Geralmente provoca febre alta, mal-estar geral, dores musculares, dor de garganta e tosse, e pode evoluir para doenças mais graves como pneumonia. Já o resfriado é causado por outros tipos de vírus e os sintomas são mais leves, como irritação na garganta, coriza (nariz escorrendo) e febre baixa.
A vacina disponível nas unidades de saúde só protege contra a gripe e não contra o resfriado ou outras doenças infecciosas respiratórias. Ao surgirem sintomas como febre superior a 38°C, com tosse e dor de garganta, as pessoas deve procurar serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.
Porém, mesmo estando em um dos grupos, o Ministério da Saúde orienta as pessoas que tomaram vacina da dengue a esperar 30 dias para se imunizar contra a gripe. A vacina é contraindicada para pessoas com histórico de reação anafilática prévia ou alergia a ovo de galinha e seus derivados, assim como a qualquer componente da vacina. Reações anafiláticas em doses anteriores também contraindicam as doses subsequentes.
Em doenças febris agudas, moderadas ou graves, recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro com o intuito de não se atribuir à vacina manifestações da doença.
PNEUMONIA
A vacina da gripe não tem relação com a da pneumonia. O Ministério da Saúde libera aos estados dois tipos de vacina Pn23, para adultos, e Pn10, para crianças. Os adultos só podem se vacinar contra a pneumonia com prescrição médica, desde que apresentem quadros de imunossupressão ou outra doença crônica, conforme o Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais, editado pelo Ministério. Portanto, a imunização contra pneumonia não é feita indiscriminadamente, junto com a da gripe.
Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade de prescrição médica.
A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.
SEGURANÇA
A vacina disponibilizada pelo Ministério da Saúde protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela OMS para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). A vacina contra influenza é segura e também é considerada uma das medidas mais eficazes na prevenção de complicações e casos graves de gripe. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.
Como o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe após a vacinação, o ideal é realizar a imunização antes do início do inverno. O período de maior circulação da gripe vai do final de maio até agosto.
Para prevenir a gripe:
•    Mantenha ambientes ventilados
•    Evite locais com aglomeração de pessoas, se estiver doente
•    Evite contato direto com pessoas doentes.
•    Não compartilhe alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
•    Lave as mãos frequentemente com sabão e água, depois de tossir ou espirrar, após ir ao banheiro, antes das refeições, ao chegar em casa e no trabalho.
•    Ao tossir ou espirrar, cubra o nariz e a boca com lenço, preferencialmente descartável.