Atividades coletivas nos postos promovem saúde para comunidade

yoga

 

Toda sexta-feira um grupo de 28 mulheres se reúne na Unidade de Saúde do Umbará para praticar ioga. Em academias e escolas especializadas, a atividade custa em média R$ 120 por mês. No espaço da Prefeitura, no entanto, é de graça.

A aula de ioga é apenas uma das mais de 13 mil atividades coletivas que foram desenvolvidas pelos postos de saúde em 2017. A maior parte destas atividades é feita nos chamados Espaços Saúde, localizados dentro de alguns postos de saúde. O espaço pode ser usado por qualquer pessoa que queira promover um curso em benefício da comunidade, mas é adotado principalmente pela equipe da própria unidade.

Foi o que aconteceu com a auxiliar de enfermagem Silvana Souza, 42. Há 15 anos começou a praticar ioga. Decidiu então montar um grupo da prática que envolve exercícios respiratórios, o ensino da meditação, entre outras coisas.

“Além de promover a saúde, a ioga ajuda no convívio social e no entendimento das emoções”, conta. “Nesse sentido, a atividade realizada nesse espaço acaba servindo como complemento à consulta”.

Melhora na saúde, especificamente a mental, foi o que atestou Rosane Burbello, 58, após os primeiros meses frequentando o espaço. “É ótimo ter esse contato com as pessoas”, diz.

Saúde além da clínica

Segundo a diretora de Atenção Primária em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, Ana Alegretti, a ideia dos Espaços é pensar na saúde além da parte clínica e biomédica. “Ao trabalharmos temas importantes em grupo, as pessoas trocam experiências. Ouvir de outro paciente sobre determinado tratamento é diferente de ouvir do próprio médico”, opina.

Entre as atividades que acontecem nas unidades estão programas de combate ao tabagismo, crochê, reeducação alimentar, oficinas para hipertensos, entre outros. A programação é por conta de cada unidade de saúde, que tem autonomia para desenvolver os cursos que melhor atendem a comunidade na qual estão inseridos.

No Espaço da Unidade Osternack um dos destaques é a oficina de planejamento familiar, em que participam principalmente gestantes.

Segundo a autoridade sanitária do local, Caroline Gabardo, a população da região é totalmente dependente do SUS. “Com as grávidas, há uma situação recorrente. Muitas engravidam após ter um bebê porque acreditam que não estão férteis nesse período”, conta. “Nossa oficina desmente esse mito, entre outras coisas”, diz.

Serviço: Para saber quais atividades são oferecidas na sua região, entre em contato com a unidade de saúde mais próxima de sua residência.