Aos 100 anos, D. Branca tem apoio da unidade de saúde para se manter saudável

branca

Na Unidade de Saúde Capanema, todos conhecem Dona Branca. Não para menos: há pelo menos quatro anos ela recebe acompanhamento contínuo da equipe de profissionais, que já conhecem os trejeitos da paciente. Por exemplo, sabem que ela não gosta de ser chamada pelo nome de batismo, Zenaide Guiomar Knapp Dalastra. Mas se orgulha de, em 10 de outubro, ter passado a marca dos 100 anos de idade.

A professora aposentada, nascida em Getúlio Vargas (RS), conta que gosta do atendimento que recebe no posto de saúde “Cuidam muito bem de mim. E de você eu não esqueço”, fala, dirigindo-se ao médico Carlos Henrique Netto Pereira, que acompanha o prontuário de Dona Branca.

Ele, por sua vez, conta que, o acompanhamento contínuo é fundamental para que ela mantenha o envelhecimento saudável. “Está muito bem. Às vezes, apresenta uma ansiedade comum ao avanço da idade, mas é importante manter as rotinas de acompanhamento com a Saúde” diz.

Para o médico, o caso da Dona Branca é um exemplo que mais pessoas deveriam seguir. “Nossos pacientes sabem que podem contar conosco. A criação desse vínculo certamente contribui para a manutenção da saúde deles” destaca.

Com a saúde em dia, Dona Branca comemorou a chegada aos 100 anos com festa. Na reunião de filhos, netos, bisnetos, cantou músicas de seresta, comeu o que teve vontade, circulou pelo salão do restaurante, lembrou histórias de décadas passadas e na última visita que recebeu da equipe de saúde, exibiu com orgulho as fotos da comemoração.

Vínculo
O médico atua na Unidade de Saúde Capanema há onze anos e conhece boa parte da vizinhança. “Nossos pacientes aprendem a usar os serviços que ofertamos. E que utilizá-los com frequência é essencial para evitar que uma situação simples se torne crítica”, explica.

Com esse vínculo, não surpreende que o médico e a equipe de profissionais de saúde – enfermeiros, técnicos de enfermagem, dentistas, auxiliares e técnicos de saúde bucal e agente comunitário – conheçam as demandas de que mora na região.

Uma vez por semana, se reúnem no posto para discutir quais casos precisam, além dos atendimentos na própria unidade, levar uma consulta em casa aos pacientes. “E, se algum dos casos mais críticos tem consulta marcada e falta, fazemos busca ativa, vamos atrás para saber o que aconteceu”, conta o médico.

Dona Branca e a filha, a professora aposentada Auremia Dalastra de França, 70 anos, ainda se surpreendem com a atenção dispensada no cuidado com a centenária. “Trouxe minha mãe para morar comigo e ela estava acostumada com médico particular. Mas aqui, o atendimento é diferenciado, estão sempre preocupados em saber se ela está bem. Acho que a saúde dela está até melhor agora. Digo que não temos o médico do postos, mas o médico da família”, elogia Aurêmia.

Entre os serviços ofertados pelos 111 postos de saúde de Curitiba, estão a vacinação, o acompanhamento do pré-natal para as gestantes, a oferta de doenças crônicas como a pressão alta e diabetes, grupos de controle do tabagismo, grupos de atividades físcias, além dos atendimentos com as equipes de enfermagem, médicos e odontológicos.