Postos de Saúde ofertam prevenção e apoio permanentes contra diabetes

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Prevenção é a palavra de ordem para evitar a diabetes. Mas, para os milhares de curitibanos que descobrem ter a doença, “apoio” é o melhor remédio. O Dia Mundial da Diabetes, celebrado nesta quarta-feira, 14 de novembro, visa orientar a população sobre prevenção e como apoiar quem precisa tratar a doença.

Um simples exame de sangue pode evitar o mal. As 111 Unidades de Saúde de Curitiba fazem o teste gratuitamente. “Em Curitiba, estimamos que 9,1% das pessoas sejam diabéticas, mas muitos não sabem que têm a doença”, alerta o médico endocrinologista e presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes do Paraná, Alexei Volaco. “É necessário que as pessoas procurem os postos de saúde em busca de diagnóstico e acompanhamento”, acrescenta.

Foi em uma consulta de rotina na Unidade de Saúde Santa Quitéria que a aposentada Roseni Therezinha Rodrigues da Silva dos Reis, 69 anos, soube que o nível de glicemia estava acima do anormal. Sim, tinha diabetes. “Isso foi há uns 15 anos, não tinha sintoma nenhum”, conta.

Desde então, ela tem o apoio da equipe do posto, onde faz exames regularmente, recebe a insulina e medicamentos para controle da doença, tem orientações de alimentação saudável e atividade física. “Só não consigo me livrar do doce. Adoro melado”, revela.

Por isso, destaca Alexei, o suporte da família é essencial. “Não adianta falar para o diabético não comer doces e devorar um bolo de chocolate na frente dele. É papel da família incentivá-lo para que tome os remédios, faça o acompanhamento médico, se exercite”, enumera.

Assim como Roseni, outras 55 mil pessoas são atendidas nas Unidades de Saúde de Curitiba na linha de cuidado da diabetes. Além do acompanhamento individual, são ofertadas atividades em grupos de Controle da Diabetes e Hipertensão.

Silenciosa

A diabetes é uma doença crônica em que corpo diminui a produção de insulina ou passa a resistir à ação desse hormônio responsável pelo controle dos níveis de glicose no sangue. Quando isso acontece, os níveis de glicose se elevam e, inicialmente, o organismo não dá sinais imediatos.

A doença avança silenciosa e, sem tratamento, pode ter complicações graves, sobrecarga dos rins, danos nos nervos, problemas na retina dos olhos que podem evoluir para a cegueira. A diabetes também é uma das doenças crônicas que contribuem para complicações cardiovasculares como os ataques cardíacos e os AVC’s.

Controle eficiente

Para saber o nível de glicose no sangue, informação essencial para o diagnóstico e controle da diabetes, são feitos os exames de glicemia e hemoglobina glicada.

O primeiro é o mais conhecido e mede a quantidade de açúcar do paciente naquele momento em que o sangue foi coletado. Por isso, é importante que seja feito em jejum. Para quem não tem a doença, um resultado normal para é um resultado inferior as 99 ml/dl. Para diabéticos, a doença está sob controle com resultados ente 80ml/dl a 130 ml-dl.

Já a hemoglobina glicada avalia a média de glicemia num período de três meses. “É um parâmetro melhor de referência porque mostra um quadro ao longo do tempo”, explica Volaco. “Estratificamos o acompanhamento do diabetes de acordo com os níveis de hemoglobina glicada: abaixo de 7% consideramos risco habitual (bom controle). Entre 7 e 9% risco intermediário (controle inadequado) e acima de 9% alto risco (controle ruim)”, explica.

Além do resultado desse exame, o acompanhamento da pressão arterial e do colesterol são fundamentais para o sucesso do tratamento.