Saúde recomenda atenção com risco de doenças respiratórias em crianças e idosos

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Que as doenças respiratórias são mais comuns em períodos frios todo mundo sabe. O que nem todos se lembram é que cuidados simples podem evitar riscos de infecções graves, especialmente em tempo de pandemia.

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) traz algumas dicas para que crianças e idosos, os mais vulneráveis, possam passar com relativa tranquilidade o inverno que começou oficialmente nesta terça-feira (21/6).

As crianças com menos de 5 anos de idade são as mais atendidas pelo SUS de Curitiba nos meses frios. Nos últimos dois anos, isoladas do convívio social, em suas “bolhas”, praticamente não tiveram infecções.

Agora, com a retomada de uma rotina parecida com a pré-pandemia, estão mais frágeis devido à baixa imunidade, uma vez que o sistema de defesa não foi estimulado durante o confinamento.

Vacinas
Entre as doenças mais comuns está a bronquiolite, inflamação que atinge os últimos canais que levam o ar aos pulmões, causando falta de ar e tosse, principalmente nas crianças menores de 2 anos de idade.

Os vírus que geralmente causam esta infecção também acabam abrindo “portas” para a entrada de bactérias que podem agravar a situação e levar à necessidade de outros tratamentos, como antibióticos e até internação.

Saúde está preparada para o atendimento de pessoas com doenças respiratórias
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Manter o calendário vacinal em dia é o primeiro cuidado a ser tomado para afastar o risco de pneumonias e meningites, por exemplo.

“As vacinas previnem a ocorrência de várias infecções graves porque preparam o sistema imune para enfrentar os agentes infecciosos que causam estas doenças”, alerta a infectologista Marion Burger, da SMS, também médica pediatra.

Além das vacinas, Marion reforça a necessidade de manter todos os cuidados para evitar o coronavírus, como o uso de máscaras, “que tem se mostrado extremamente eficaz para evitar várias doenças respiratórias, além da covid-19.”

Higienizar constantemente as mãos e evitar locais fechados e com aglomeração completam a lista de cuidados básicos nesta época do ano, ainda mais nesta era pandêmica.

Usar roupas adequadas para a estação, mais quentes, é também um cuidado importante. E a alimentação das crianças deve incluir frutas, legumes e verduras para fortalecer as defesas do organismo, bem como beber muita água e sucos naturais.

Idosos
Os problemas circulatórios que surgem com o avanço da idade deixam os idosos com dificuldades para aquecer as extremidades do corpo. É preciso utilizar roupas mais quentes, gorros, toucas e cachecol.

À noite, período em que eles mais sentem frio, é importante reforçar os cobertores na hora de dormir. Outras medidas simples também ajudam o organismo dos idosos, como banhos de sol (antes das 10 horas da manhã).

Já o banho propriamente dito deve ser feito à tarde, quando a temperatura está mais alta – de preferência, com o ambiente pré-aquecido.

Importante: este banho quente não pode ser demorado porque a pele é mais sensível. Isso exige o uso de hidratante pós-banho.

“O hidratante ajuda porque a pele seca, no idoso, faz com que ele tenha prurido (coceira)”, lembra o geriatra Clovis Cechinel, diretor técnico do Hospital Municipal do Idoso.

No caso do idoso que faz exercícios físicos, a dica é evitar a exposição ao vento gelado. “Melhor fazer na academia, sempre de máscara, ou em casa”, recomenda Clovis.

Na alimentação, chá, chocolate quente e sopas são boas dicas para se aquecer.

Assim como é aconselhável às crianças, os idosos também devem ser vacinados, especialmente contra a gripe, a covid-19 e, em caso de comorbidade, também a vacina pneumocócica.

“Agora, se as dores vierem com força no inverno, não adianta: é preciso procurar seu médico para ajuste dos medicamentos”, adverte o geriatra.