Posto de Saúde orienta pais sobre alimentação dos bebês


MãeFoto: Fábio Schäfers e pais tiraram dúvidas sobre alimentação do bebê e da criança na oficina promovida pelo posto de saúde Orleans, nesta quarta-feira (05/04). Durante pouco mais de uma hora, estagiárias de nutrição e enfermagem explicaram a importância dos alimentos naturais e o perigo escondido em produtos direcionados ao público infantil. Para estimular o uso de temperos naturais, foi feita uma horta vertical com garrafas pet nos fundos do posto de saúde.

A palestra foi acompanhada por profissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) da regional de Santa Felicidade, da Secretaria Municipal da Saúde. As palestras sobre alimentação são feitas de seis em seis meses e as para gestantes mensalmente, naquele posto de saúde. “Percebemos melhora na amamentação, com redução de reclamação das mães, e aumento da frequência nas oficinas”, informou Carolina Camargo, nutricionista do Nasf.

“Estimulamos inciativas que ajudem a melhorar a qualidade de vida da comunidade e a promoção da saúde nas casas”, comentou Márcia Inês Marmilicz Kucarz, coordenadora do posto de saúde.

DICAS

Depois dos seis meses alimentado exclusivamente com leite materno, o bebê pode começar a comer sólidos, na chamada alimentação complementar. Nessa fase surgem os primeiro perigos e dúvidas para os pais. Os principais vilões para crianças até 2 anos são açúcar, sal e gordura, presentes em grandes quantidades em alimentos industrializados.

Mas a agonia dos pais ao saber dos alimentos não recomendados logo se dissipa com a informação sobre o que a criança pode comer. A gelatina industrializada pode ser substituída por suco de fruta natural com gelatina incolor e sem sabor. Também cremes de frutas frescas são saudáveis e substituem lanche. As papinhas vendidas em potes não estimulam a deglutição, os alimentos para as crianças devem ser amassados com garfo, contendo carboidrato (massas e batatas), proteína (carne), legumes e folhas.

“Sempre fazia sopão para o meu filho, mas percebi que não é misturando tudo que eu o alimento bem”, comentou Henrique, que não era o único pai a assistir à palestra. “Tenho mais tempo livre que minha esposa, portanto sou eu quem prepara a comida do Davi. Quanto mais informação melhor, para eles”, disse com o filho nos braços, ao lado da mulher Cris.

O outro casal que participou da oficina foi Guilherme e Gabriela. Eles foram para uma consulta no posto de saúde e foram surpreendidos com a atividade. “É muito importante porque dá tranquilidade na hora de escolher a alimentação e tira muitas dúvidas simples que temos”, comentou Guilherme. Cora, a filhinha do casal, talvez não goste tanto. “Soube aqui que ela já passou da idade de acordar para mamar no peito durante a noite”, explicou Gabriela.

Juliete Popovicz, mãe de Daniel, gostou da troca de experiências e das novas informações, muitas vezes diferentes das de pais e avós sobre alimentação das crianças. “Alguns costumes mudaram e o conhecimento sobre o que dar para os filhos também. A gente sempre procura acertar”, comentou.

As mães também aprenderam como retirar o leite do peito para congelar, no caso de ter que sair para trabalhar, por exemplo. Também foram dadas orientações sobre o aleitamento, que pode continuar até a criança atingir 2 anos.

HORTA

Ervas, temperos e folhas podem ser cultivadas em qualquer espaço. Para provar que não precisa ter terreno para plantar alimento, garrafas pet foram transformada em vasos na horta vertical instalada nos fundos do posto de saúde. “Foi uma iniciativa inusitada da equipe, que deu muito certo”, comentou Márcia