Secretaria da Saúde confirma mais dois óbitos por covid-19
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) confirmou, nesta quarta-feira (29/4), mais duas mortes de moradores de Curitiba com infecção pelo novo coronavírus. As vítimas são um homem de 80 anos, com histórico de doença cardiovascular, neurológica e obesidade, internado havia 20 dias, e uma mulher de 87 anos, com histórico de tabagismo e pressão alta e internada havia 23 dias.
Com os novos registros Curitiba totaliza 19 mortes por covid-19 em moradores da cidade.
O boletim epidemiológico também mostra mais cinco novos casos confirmados da doença, totalizado 564 pessoas infectadas.
Além dos confirmados, existem outros 123 casos em investigação. Desde o início da pandemia na cidade, em 11 de março, 1.239 casos foram descartados para covid-19 e 393 pacientes foram liberados do isolamento.
A mediana de idade das pessoas confirmadas é 43,5 anos e dos pacientes internados é de 58 anos.
Segundo o boletim desta quarta-feira, 60 pacientes com covid-19 estão internados em hospitais da cidade, 37 em UTIs, sendo 14 precisando do auxílio de ventilação mecânica (respirador).
Óbitos
Além dos 19 óbitos confirmados, até agora a SMS investigou 111 mortes de pessoas com suspeita de covid-19 – 104 foram descartadas da presença da infecção e sete aguardam o resultado dos testes.
Números da covid-19 em Curitiba
1.239 casos descartados
123 casos em investigação
564 casos confirmados
393 liberados do isolamento
19 óbitos
Doentes crônicos devem manter acompanhamento nas unidades de saúde
A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba reforça a necessidade para que os pacientes com doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, entre outras, mantenham o acompanhamento de saúde, mesmo em tempos de pandemia e isolamento social. Em Curitiba, 74 unidades básicas de saúde funcionam para o atendimento desses pacientes.
“Não podemos cuidar da covid-19 e descuidar das demais doenças. Doenças do coração, por exemplo, são uma das principais causas de morte no mundo e para evitar as fatalidades precisamos trabalhar na prevenção e no acompanhamento dos quadros de saúde desses pacientes”, explica a secretária municipal da saúde de Curitiba, Márcia Huçulak.
Além do acompanhamento a doentes crônicos, deve ser mantido normalmente o pré-natal das gestantes, nas 74 unidades de saúde de referência.
A secretária reforça que, com a pandemia, Curitiba reorganizou o sistema de saúde a fim de que pudesse atender os pacientes com sintomas respiratórios, com suspeita de covid-19, num fluxo separado, para evitar o risco de contaminação dos demais pacientes. Assim, nas 74 unidades básicas em funcionamento na cidade, quando o paciente chega, ele é direcionado já na entrada para um dos dois fluxos, separadamente.
Curitibana de 94 anos é símbolo da luta contra a covid-19
A curitibana Adelaide Zanchet é símbolo de superação e da luta contra a covid-19 na capital paranaense. Com 94 anos, ela é a paciente mais idosa recuperada da doença no município, até o momento.
Depois de passar uma semana internada no hospital, o susto foi embora e agora ela “está muito bem, obrigada”, segundo a filha Leiry Zanchet, 74 anos.
Leiry conta que não tem ideia de como a contaminação ocorreu, uma vez que as duas estavam mantendo isolamento domiciliar há um mês, quando os primeiros sintomas apareceram.
Paciente de 77 anos é um dos 380 recuperados da covid-19
João Mariano dos Santos, 77 anos, é um dos 380 pacientes recuperados da covid-19 em Curitiba. Depois de passar quase 18 dias internados no hospital, sendo 5 dias na UTI, agora ele comemora a vida pós covid-19 ao lado da família. “Estou livre”, diz.
Segundo Seu João, a caminhada até a recuperação, porém, foi bastante árdua.
“Fiquei muito triste. Essa doença é uma praga, afeta muito a gente”, conta ele, que não sabe como contraiu o novo coronavírus, pois diz ter saído poucas vezes de casa, nos dias que antecederam os sintomas.
No começo, ele diz que não ter dado atenção aos primeiros sinais, mais leves. “Achei que era coisa de velho”, afirma. Mas, assim que foi ao médico, mesmo sem a confirmação da doença ainda, a orientação foi específica. “A recomendação foi para ficar em casa, não podia sair.”
Estudante produz protetores de orelhas para profissionais da saúde
A solidariedade não tem idade, e tem sido um alento nesses tempos de pandemia. O estudante Jhony Minetto Araújo, 16 anos, usou a inovação para deixar mais confortável o uso de equipamentos de segurança pelos profissionais da Secretaria Municipal da Saúde que estão na linha de frente, dentro das unidades de saúde de Curitiba.
Inspirado pela iniciativa de um adolescente canadense, Jhony está confeccionando extensores de máscaras numa impressora 3D para doar aos profissionais de saúde. Junto com o amigo João Pedro de Ribas Nunes, eles fizeram uma campanha para arrecadar doações para comprar o material para as impressões.
As peças produzidas pelo estudante aliviam as dores nas orelhas dos profissionais provocadas pelo uso das máscaras de proteção. O extensor, que tem regulagem, prende os elásticos das máscaras faciais aliviando a pressão sobre as orelhas dos profissionais, que precisam passar longas horas do dia com o equipamento de proteção.
Até agora Jhony já entregou 378 extensores para as unidades de saúde Santa Felicidade e Capanema, e pretende doara para outros serviços.
“A ideia é mesmo ajudar esses profissionais que precisam usar máscaras durante todo o dia. Agradecemos muito as doações feitas até agora pra gente continuar com esse projeto e poder ajudar mais profissionais de saúde”, disse o estudante.
As peças são de plástico, produzidas com duas camadas de impressão. O filamento de plástico passa pela impressão 3D, esfria e solidifica no formato programado.
A invenção já está na sendo usada e foi aprovada por médicos, enfermeiros e técnicos dessas das duas unidades que receberam a doação.
“Facilita muito para o conforto, a iniciativa nós ajuda e facilita nosso dia a dia aqui na unidade”, disse Alexander da Silva e Monica Benta da Silva, técnicos de enfermagem da US Santa Felicidade.
Para fazer as doações, Jhony entrou em contato com as unidades de saúde que aceitaram receber os extensores. No momento, o estudante conta com ajuda de um amigo e trabalha na confecção mais extensores que serão doados para o Hospital do Trabalhador.