Conferência Municipal de Saúde aprova 120 propostas para o SUS de Curitiba
Mais de 800 pessoas participaram da 15ª Conferência Municipal de Saúde de Curitiba, que teve como tema “O Modelo da Saúde 4.1 para o avanço do SUS Curitiba”. Ao fim do dia de discussões, realizadas durante todo o dia de sábado (25/3), os 600 delegados credenciados aprovaram 120 propostas que serão contempladas no Plano Municipal de Saúde para o próximo ciclo de planejamento da SMS.
As entidades representativas de usuários, trabalhadores, gestores e prestadores de serviços do SUS de Curitiba também elegeram a nova composição do Conselho Municipal de Saúde (CMS), composta por 36 membros titulares e 46 suplentes. Os novos conselheiros atuarão na gestão 2024-2027.
Abertura
Os trabalhos foram abertos pelo presidente do Conselho Municipal de Saúde, Adilson Tremura, conselheiro representante de usuários, que encerra seu mandato de quatro anos à frente do CMS neste ano.
Representando o prefeito Rafael Greca, o vice-prefeito Eduardo Pimentel agradeceu o trabalho incansável da Saúde.
“Trago o abraço carinhoso de nosso prefeito Rafael Greca que deseja a todos uma excelente conferência. Uma cidade é inovadora e inteligente se ela tiver em seus preceitos básicos as discussões entre o poder público e a sociedade civil organizada. Somos parceiros do SUS de Curitiba e vamos continuar a fortalecer a saúde pública da capital paranaense”, ressaltou.
A secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella, relembrou que a primeira conferência de saúde foi realizada em 1991, quando foram dados os primeiros passos do Controle Social do SUS curitibano.
“Olhamos para esse passado de construção constante e agora nos lançamos para o futuro, para escrever as políticas públicas que vão subsidiar os próximos desafios da saúde pública de nossa cidade”.
Saúde de Curitiba convoca crianças de 3 e 4 anos vacinadas com Coronavac para 3ª dose
A partir de segunda-feira (27/3), as crianças de 3 e 4 anos de idade que receberam as duas primeiras doses da vacina anticovid Coronavac já podem retornar às Unidades de Saúde para a 3ª dose, desta vez com o imunizante Pfizer baby. O público elegível para receber essa dose é de 12.528 crianças.
“Mais uma vez pedimos atenção aos pais para a necessidade de garantir a imunidade das crianças contra a covid. A doença ainda está presente entre nós e a vacina é a melhor forma de proteger os curitibinhas”, reforça a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.
A vacina a ser utilizada é a Pfizer Baby, de tampa vinho, e estará disponível para aplicação em 19 Unidades de Saúde da capital, de segunda a sexta, das 8h às 17 horas, sem a necessidade de agendamento. Confira os pontos de vacinação no site Imuniza Já Curitiba.
Os pais e responsáveis receberão a mensagem de convocação pelo Aplicativo Saúde Já Curitiba (site ou smartphone). A 3ª dose poderá ser aplicada nas crianças que receberam as duas primeiras doses da Coronavac e que tenham pelo menos quatro meses da última aplicação. A mensagem de convocação é enviada via aplicativo às crianças que foram completando o intervalo preconizado pelo Ministério da Saúde.
Essa convocação atinge somente as crianças de 3 e 4 anos vacinadas com a Coronavac, atendendo ao novo protocolo do Ministério da Saúde para esse público.
Pessoas com deficiência de 12 anos ou mais começam a receber a vacina bivalente em Curitiba
Para o adolescente Enzo Ricardo de Souza, de 14 anos, a sexta-feira (24/3) foi dia de reforçar a imunidade contra a covid. Enzo tem transtorno do espectro autista e compareceu à Unidade de Saúde Mãe Curitibana acompanhado da mãe, Amanda Aline Paes Rael, para receber sua dose de reforço da vacina bivalente.
Sem medo da agulha, Enzo diz que a vacina não dói e que já havia tomado 3 doses da vacina anticovid. A mãe, Amanda, diz que soube da aplicação da vacina bivalente para pessoas com deficiência pelas redes sociais da prefeitura e fez questão de vir logo no primeiro dia de convocação.
“Tivemos duas pessoas na família que morreram de covid e sabemos da importância de tomar todas as doses disponíveis”, relatou.
Segundo ela, a propagação de fake news sobre as vacinas é o que está matando as pessoas. “Já matou muito antes de termos vacinas contra a covid e continua matando. Graças a Deus as crianças não são afetadas por essas notícias e aceitam receber a proteção”, finalizou.
Ao ser informada que as mensagens de convocação para as novas doses são enviadas pelo Aplicativo Saúde Já, Amanda verificou o celular e percebeu que sua mãe tinha vacinas em atraso. A avó de Enzo aproveitou a visita à unidade Mãe Curitibana para colocar a carteira de vacinação em dia. Aparecida Moreira Paes tomou a Vacina Dupla Adulto, que protege contra difteria e tétano e agendou outras aplicações para as próximas semanas – Febre Amarela e Hepatite B.
Conferência reúne 600 delegados para discutir a saúde pública de Curitiba
Acontece neste sábado (25/3), em Curitiba, a 15ª Conferência Municipal de Saúde, fórum democrático que tem o objetivo de analisar e propor soluções para a saúde pública de Curitiba. O evento faz parte da programação dos 330 anos de Curitiba.
Com o tema “O modelo da Saúde 4.1 para o avanço do SUS Curitiba”, os 600 delegados, representantes de usuários, trabalhadores, gestores e prestadores de serviços do SUS curitibano irão debater a evolução do sistema público de saúde da capital e propor ações em benefício de toda sociedade.
De 4 de fevereiro a 4 de março, foram realizadas em Curitiba as 108 conferências locais e dez conferências distritais, encontros que tiveram ampla participação da sociedade. As propostas discutidas e aprovadas nas etapas locais e distritais compõem as teses que serão levadas à Conferência Municipal dfeste sábado.
“A cada quatro anos realizamos nossa Conferência Municipal de Saúde. É um espaço democrático, voltado a acolher as demandas da comunidade amplamente discutidas nas conferências locais e distritais. Com a união de todos, podemos aperfeiçoar cada vez mais nosso sistema público de saúde”, diz a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.
Os Conselhos de Saúde têm a função de fiscalizar, acompanhar e monitorar as políticas públicas de saúde nas suas mais diferentes áreas, levando as demandas da população ao poder público, por isso é chamado de controle social na saúde.
Saúde alerta para sintomas da tuberculose e importância de diagnóstico precoce
Para marcar o Dia Mundial da Tuberculose, nesta sexta-feira (24/3), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alerta sobre os sintomas da tuberculose e destaca a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.
Os curitibanos cadastrados no aplicativo Saúde Já receberam mensagem de alerta sobre o principal sintoma da tuberculose: tosse há mais de duas semanas, com a indicação de onde procurar orientação e atendimento.
Situação da tuberculose em Curitiba
Curitiba apresentou em 2018 um aumento nas notificações de novos casos – 330 mantendo-se até 2020. Já em 2021 apresentou uma redução de 20,6% (262) nas notificações quando comparado ao ano anterior. Porém, esta queda pode ser um reflexo do isolamento social necessário durante a pandemia de covid-19 e da diminuição da procura pelo diagnóstico na época.
“O avanço da pandemia de covid-19, no ano de 2021, quando foi decretada a situação de alto risco, impactou no diagnóstico da tuberculose, assim como aconteceu com várias outras doenças. É preciso retomar o diagnóstico precoce”, diz a coordenadora epistemológica dos agravos crônicos transmissíveis da SMS, Liza Rosso.
O maior desafio é garantir que a pessoa com tuberculose mantenha o tratamento ininterrupto, que pode durar de 6 meses a um ano. “Quando a pessoa para de tomar os medicamentos, a tuberculose pode se tornar resistente aos antibióticos, o que pode prolongar ainda mais o tratamento e cura” alerta a coordenadora.
Sobre a doença
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões, mas também pode acometer outros órgãos.
Além dos fatores relacionados ao sistema imunológico de cada pessoa e à exposição ao bacilo, o adoecimento por tuberculose, muitas vezes, está ligado às condições de vida. Assim, alguns grupos populacionais, como indígenas, privados de liberdade, pessoas com HIV/aids e pessoas em situação de rua, podem apresentar maior vulnerabilidade em comparação com os demais.