Presidente do CMS, Adilson Tremura, participa da Conferência Nacional Livre de Comunicação em Saúde, em Brasília

O presidente do Conselho Municipal de Saúde de Curitiba, Adilson Tremura, participou em Brasília da 1ª Conferência Nacional Livre de Comunicação em Saúde, entre os dias 18 e 20 de abril. O evento discutiu estratégias de democratização do acesso a informações sobre o Sistema Único de Saúde (SUS).

Veja, em resumo, alguns temas tratados na Conferência:

- Na abertura do evento, o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Ronald Santos, afirmou que o principal desafio do Brasil no momento é garantir a manutenção da democracia e de direitos, como o acesso à saúde e à liberdade de comunicação;

- A criação de uma rede de comunicadores voltada à produção de conteúdos diversificados sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) foi outro tema discutido na Conferência. Essa rede permitiria aos cidadãos conhecerem melhor o sistema e, dessa forma, exercerem de forma mais ampla o direito constitucional à saúde;

- O presidente do CNS também destacou que o evento é oportunidade de reflexão sobre o momento atual do país e de discussão de estratégias de ação contra as violações de direitos verificadas nos últimos meses. No caso específico do SUS, o principal retrocesso, segundo Ronald, foi a promulgação da Emenda Constitucional 95/2016, que proíbe a União de aumentar os gastos por vinte anos. Ela impede o SUS de enfrentar o seu principal desafio, que é o subfinanciamento;

- Outra discussão realizada na Conferência foi a respeito da Carta de Direitos dos Usuários da Saúde. A ideia é que ele seja atualizada por meio de uma consulta à sociedade, marcada para começar em 2 de maio. O anúncio foi feito na abertura da Conferência;

- O presidente do CNS também apresentou a nova campanha de mobilização do ABRASUS, intitulada “Mais direitos, menos depressão”. Ela está relacionada ao recente alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a prioridade do combate à depressão, mal que atinge cerca de 350 milhões de pessoas em todo o mundo;

- Como construir argumentos e iniciativas que possibilitem uma disputa de narrativa com a mídia formal e por um SUS positivo foi outra questão discutida na Conferência. Por exemplo, Gabriel Estrela, youtuber e idealizador do Projeto Boa Sorte, destacou a importância da discussão sobre o HIV/AIDS e a saúde pública no contexto das novas mídias. “A saúde não é assunto de exclusividade dos médicos. Devemos garantir que as informações cheguem da forma mais transparente possível à população, mas especificamente a quem necessita conhecer o estado da saúde local do seu bairro, por exemplo. Saúde é ter condições de lutar contra o que te oprime”.Juliana Acosta, conselheira nacional de saúde, disse que é preciso apresentar estratégias para que se possa garantir as vozes da saúde pública. “O grande desafio da comunicação em saúde é criar alternativas para a democratização da informação de quem está na ponta. Utilizar espaços como as mídias digitais é mais uma forma de alcançar diversos atores envolvidos na defesa da saúde pública”, afirmou.


Fonte: SUSCONECTA

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