Pais elogiam vacinação contra gripe e covid-19 nas escolas de Curitiba

Pais elogiam vacinação contra gripe e covid-19 nas escolas de Curitiba

Heloísa se encolheu quando a seringa veio em sua direção. Foi rápido. A menina de 3 anos recebeu a vacina contra a gripe. Não chorou. “Eu acalmo a minha filha antes”, conta a líder de equipe Danielle Vaz Naumiuk.

A dose de Heloísa foi uma das 66 aplicadas em 29 crianças pela equipe da Unidade de Saúde Concórdia no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Olga Benário Prestes, no Pinheirinho.

A ação é resultado de uma parceria entre as secretarias municipais da Saúde (SMS) e da Educação (SME) para a chamada “vacinação extramuros”, um jeito técnico de dizer que se as crianças não vão até a unidade de saúde para serem vacinadas, a vacina vai até elas.

“Facilita a vida”, define o empresário Deivid Lourenço dos Santos, que tinha ido buscar Otávio, de 3 anos, e aproveitou para imunizar o filho contra gripe e covid-19. “No posto de saúde ele nem entra, fica assustado. Aqui é melhor”, revela.

“A vacinação nas escolas é uma estratégia a mais para facilitar o acesso à proteção que as vacinas oferecem. Quem ama, vacina”, reforça a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella. Estratégia que tem sido importante na atualização do calendário vacinal.

Desde o início da campanha, em 18 de março, a SMS avaliou mais de 61 mil carteiras vacinais das crianças matriculadas em CMEIs e escolas do ensino fundamental da cidade para verificar as doses em atraso. Já foram vacinadas quase 14 mil pessoas, entre crianças, familiares e trabalhadores da Educação.

"O cuidado com as crianças e estudantes envolve não apenas o pedagógico e a qualificação dos espaços da educação, mas também bem-estar e a saúde deles", afirma a secretária municipal da Educação, Maria Sílvia Bacila.

Zé Gotinha

O ambiente criado pela equipe da CMEI Olga Benário com os profissionais de saúde ajudou a reduzir um pouco da tensão que cerca estes momentos. O funcionário público Emiliano Livson levou Frederico, de 3 anos, para brincar com Zé Gotinha antes de entrar na sala de amamentação, que virou a de vacinação.

“Ele vê que os coleguinhas também vão tomar vacina e perde um pouco o medo”, diz Livson. Faltou combinar com Frederico: o menino abriu o berreiro depois de duas injeções contra Influenza e covid-19. “Mas a gente vai embora aliviado”, completa o pai.