Saúde de Curitiba oferece atendimento a crianças autistas e apoio aos pais e cuidadores

O adolescente Leonardo Azevedo de Lima, de 14 anos, era todo sorriso e entusiasmo com as novas instalações do Ambulatório Encantar. Nesta terça-feira (1/4), Leo foi conhecer a nova sede, inaugurada pelo Prefeito Eduardo Pimentel na sexta-feira (28/3), e visitar os amigos que fez durante o tempo em que frequentou a unidade.

Diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista desde 2015, quando tinha 5 anos, Leonardo foi atendido desde então pela equipe multidisciplinar do Encantar e teve alta das terapias há um mês. Acompanhado da mãe, a assistente social Glaucye Azevedo de Lima, Leonardo foi recebido pelo psicólogo Fidélis Líbero Grando Filho, que se tornou um grande amigo, e fez questão de fazer um tour pelos cinco andares da nova sede.

“Eu acho que esse apoio que o Encantar dá pra gente, tanto para os pais como para as crianças, é sensacional. Eu devo a qualidade de vida dos meus filhos e da minha família ao Encantar”, elogiou Glaucye com os olhos marejados de emoção ao ver a alegria do filho visitando a nova sede.

“O Leonardo adora o Encantar. Ele chegou aqui na sede nova e os olhinhos dele brilhavam. Meu filho era uma conchinha e desabrochou aqui”, declarou. Além de Leonardo, a irmã, Fernanda, de 19 anos, também é autista e foi diagnosticada na mesma época do menino. Os dois frequentaram as terapias oferecidas e convivem com a condição com certa tranquilidade, após anos de aprendizado conjunto no Encantar.

Segundo Glaucye, a alta das terapias é uma conquista. Significa que a família tem condições de lidar com os desafios e características do TEA e, sempre que necessário, podem recorrer aos profissionais do SUS Curitibano.

“Só quem vive e convive com as batalhas do cotidiano sabe do desafio que é a possibilidade de ter uma alta. Tem gente que passa a vida inteira sem alcançar essa conquista”, revelou a mãe de Leonardo.

População combate o sedentarismo com atividade física na unidade de saúde

2010 atividade fisica unidade de saude A massagista Mari Campos, 61 anos, estranhou quando ouviu a música agitada ao lado da sala de espera da Unidade de Saúde Barigui. Depois do atendimento médico, foi procurar a origem do som e descobriu que o Espaço Saúde do posto estava transformado em uma aula de ginástica. “Fiquei surpresa. Como assim, exercício do lado da sala do médico? E de graça? Já pedi para participar naquele dia e não parei mais. Gosto mais do que a aula da academia e trouxe duas amigas”, conta Mari.

O que a massagista encontrou foi um dos 87 grupos de atividade física distribuídos pela cidade. Esses encontros têm por objetivo combater o sedentarismo e promover a saúde com um dos remédios mais recomendados atualmente pelos profissionais da área: movimentar o corpo. Essa receita simples tem o bônus de ser recomendável para qualquer faixa etária e previne várias doenças.

As atividades são orientadas por profissionais de Educação Física do Núcleo de Apoio à Saúde da Família. Os benefícios são múltiplos: aumenta a força e tônus muscular, melhora a flexibilidade, fortalece ossos e articulações, diminui o peso, a gordura corporal e a pressão arterial em repouso. Esses fatores contribuem para a diminuição do risco de doenças como obesidade, diabete e hipertensão.

A atividade física também contribui para a manutenção da saúde mental, pois movimentar-se aumenta o nível de neurotransmissores que causam bem-estar, reduzindo a ansiedade e o estresse e combate a depressão.

Os grupos são formados em dias e horários conforme a demanda de cada unidade de saúde. “O foco é contribuir para a diminuição de dores e para a prevenção de doenças, de forma que sintam bem-estar durante a atividade. Assim, vem gente de toda idade, homem, mulher e até criança participa”, conta a profissional de Educação Física Caroline Cherpinski Zibetti, que comanda as atividades na unidade Barigui.

Mesmo quando o espaço fica insuficiente, dá-se um jeito, como aconteceu na Unidade de Saúde São Braz, em que o grupo de atividade física existe desde 2013 e a adesão da comunidade foi tanta que o Espaço Saúde ficou pequeno: para caber os cerca de 80 participantes do grupo, a Igreja São Braz, vizinha ao posto, cedeu o salão para as sessões de ginástica realizadas às terças-feiras pela manhã.

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