Dengue em Curitiba: ficar doente não traz imunidade contra reinfecção, que pode ser ainda pior

Dengue em Curitiba ficar doente não traz imunidade contra reinfecção que pode ser ainda pior

Contrair dengue uma vez não significa que você vai ficar livre da doença depois. “Uma segunda, uma terceira ou mesmo uma quarta dengue têm o potencial de serem mais graves que as anteriores”, alerta a infectologista Marion Burger, da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba.

Em uma nova dengue, o sistema imunológico pode entender inicialmente que é uma infecção igual à anterior, mas, na verdade, ela é provocada por um sorotipo diferente do vírus (existem quatro tipos). O organismo produz anticorpos contra o invasor, mas a resposta imune, ineficiente, não neutraliza o novo vírus.

A cada reinfecção, o paciente poderá desenvolver uma doença mais grave, com a possibilidade de complicações que necessitam uma hidratação ainda maior – em alguns casos, levando à necessidade de internamento.

Em audiência pública na Câmara, secretária de Saúde faz alerta sobre a dengue

Em audiência pública na Câmara secretária de Saúde faz alerta sobre a dengue

Em audiência pública na Câmara Municipal, nesta terça-feira (20/2), a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella, fez um alerta sobre a guerra a ser travada, por todos, contra a dengue.

“Precisamos da colaboração de todos na luta contra a dengue. A guerra só será vencida com o apoio de toda a população, fazendo o monitoramento de todos os pontos que possam gerar acúmulo de água e possam servir de criadouro para o mosquito da dengue”, disse. “Se não tivermos a participação de todos, vamos perder essa guerra”, convocou.

De acordo com a secretária, “a dengue é uma forte ameaça ao sistema de saúde.” Segundo ela, embora atualmente não haja pressão nos atendimentos na rede municipal, com a progressão de focos do mosquito e aumento de casos da doença poderá haver maior demanda de internamento, o que poderá trazer impacto ao sistema.

Em 45 dias, casos de dengue em Curitiba já são mais da metade do total registrado em 2023

Em 45 dias casos de dengue em Curitiba já são mais da metade do total registrado em 2023

Em apenas 45 dias de 2024, Curitiba já alcançou mais da metade de todos os casos de dengue registrados no ano passado. São 349 – 311 importados e 38 autóctones (transmissão local). No ano passado, o município contabilizou 687 casos de dengue – 652 importados e 35 autóctones.

Os dados estão no último boletim da dengue produzido pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), que traz o balanço de casos entre 1º de janeiro e 15 de fevereiro deste ano.

Com 55 casos importados e 21 autóctones, o Distrito Sanitário Tatuquara é o mais afetado.

“Os números estariam muito maiores sem as ações de combate ao mosquito nos anos anteriores e agora, quando intensificamos mutirões e bloqueios sanitários”, disse a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.

Mutirão Curitiba sem Mosquito chega à comunidade Santa Rita, no Tatuquara

Mutirão Curitiba sem Mosquito chega à comunidade Santa Rita no Tatuquara

O mutirão contra a dengue chega nesta sexta-feira (16/2) à comunidade Santa Rita, no Distrito Sanitário Tatuquara. Agentes de endemias e comunitários irão percorrer 45 quarteirões próximos à unidade de saúde da área. O objetivo é vistoriar imóveis e orientar moradores sobre recolhimento de resíduos.

Na semana que vem, segunda (19/2) e terça (20/2), caminhões de coleta da Secretaria Municipal do Meio Ambiente vão recolher os entulhos, que devem ser separados pelos moradores e colocados nas áreas delimitadas pelos agentes de endemias.

A ação conjunta das secretarias municipais da Saúde e do Meio Ambiente busca evitar criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças dengue, zika e chikungunya.

Prefeitura de Curitiba recolhe 91 toneladas de resíduos em mutirões de limpeza contra a dengue

Prefeitura de Curitiba recolhe 91 toneladas de resíduos em mutirões de limpeza contra a dengue

Nos quatro mutirões Curitiba sem Mosquito realizados neste ano, os caminhões da Limpeza Pública da Secretaria Municipal do Meio Ambiente recolheram 91,34 toneladas de materiais inservíveis, resíduos descartáveis, resíduos sólidos e entulhos separados pelos moradores dos bairros Campo de Santana (dias 29 e 31/1), São Braz (5 e 6/2), Cajuru (6 e 7/2) e Monteiro Lobato, no Tatuquara (8 e 9/2). A ação contínua é feita em conjunto pelas secretarias municipais da Saúde e do Meio Ambiente.

Nesta quinta (15/2) e sexta-feira (16/2), os caminhões da Limpeza Pública estão percorrendo as ruas da Vila Verde, na CIC. Durante o carnaval, o trabalho não parou e na segunda (12/2) e terça-feira (13/2) os resíduos foram retirados na Vila Esperança, no bairro Atuba. A quantidade de material recolhido ainda está sendo contabilizada pelas equipes do Meio Ambiente.