Curitiba ganha Unidade para pacientes "moradores" de hospitais
O prefeito Rafael Greca e a secretária municipal da Saúde, Marcia Huçulak, participaram ontem da inauguração da Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) Santa Terezinha, no Pequeno Cotolengo.
Com 25 leitos, a Unidade é o mais novo local a compor a Rede de Atenção à Saúde de Curitiba e vai receber 23 pacientes que hoje são “moradores” dos hospitais prestadores de serviços do SUS Curitibano.
São pacientes com alta médica hospitalar, mas sem condições de alta para o domicílio, por ausência de vínculo familiar e com dependência de cuidados especiais e integrais. Ou seja: não precisam mais estar nos hospitais, mas ainda precisam de acompanhamento especializado.
“O que estamos fazendo aqui é um ato de avanço social. Quando cheguei à Prefeitura, há 23 meses e 13 dias, nos leitos dos hospitais de Curitiba estavam abandonados 50 idosos. Alguns, devolvemos para as famílias, mas outros haviam sido esquecidos por suas famílias. Por isso a abertura desta casa diz tanto ao meu coração curitibano” agradeceu o prefeito Rafael Greca.
O investimento da prefeitura, via Secretaria Municipal da Saúde, para que o Pequeno Cotolengo receba esses novos moradores é de R$ 1,2 milhão por ano. Além do atendimento integral aos 23 internos. “São leitos que fazem faltas nas Unidades de Pronto Atendimento e nos pronto-socorros”, lembrou a secretária da Saúde, Marcia Huçulak. “Estamos fazendo um trabalho inédito em Curitiba e que pode servir de modelo. Preparamos a cidade para um novo serviço com um parceiro extremamente relevante. Curitiba ganhou 23 leitos e essas pessoas que vão morar aqui ganham muita dignidade” acrescentou.
Novos moradores
Um dos primeiros novos moradores do UCCI Santa Terezinha é Valmir Moreira D’Anhanhaia, 53 anos. Ele passou três anos no Hospital do Idoso Zilda Arns (Hiza). Após a morte da mãe, não tem outro familiar que o auxilie nos cuidados que precisa. “Ficamos muito felizes em ver a preocupação da Secretaria da Saúde em buscar uma solução para ele e encontrar um lugar de alto nível. Está tudo perfeito”, destacou a assistente social do Hiza, Valéria de Azevedo.
A inauguração da Unidade Cuidados Continuados Integrados (UCCI) Santa Terezinha foi conduzida pelo Diretor do Pequeno Cotolengo, padre Renaldo Amauri Lopes, e teve a benção do Arcebispo emérito de Curitiba, Dom Pedro Fedalto. Contou com a apresentação da Banda Lyra e a inauguração de um mural no Pequeno Cotolengo feita pelo artista plástico Adoaldo Lenzi.
Estrutura
A UCCI Santa Terezinha conta com 25 leitos, salas de reabilitação, cinco quartos, duas rouparias, seis banheiros adaptados para pessoa com deficiência, varanda coberta, terraço, refeitório, copa, salas de nutrição e da enfermagem e terá equipe multidisciplinar composta por enfermeiro, médico, fisioterapeuta, assistente social, psicólogo e nutricionista, que atenderão os sete dias da semana.
A Unidade foi instalada onde antigamente funcionava o Lar Santa Terezinha, primeiro pavilhão construído dentro do Pequeno Cotolengo em 1971.
Nos últimos meses o ambiente foi inteiramente reformado, em um investimento total de R$ 734 mil. Parte dos recursos veio de emendas parlamentares (R$ 250 mil – deputado federal Evandro Roman; R$ 299 mil – senador Roberto Requião) e parte de verba própria (R$ 185 mil) para ser a UCCI, que será um serviço prestado integralmente ao SUS Curitiba.
Presenças
Também estiveram presentes à inauguração o deputado federal Evandro Roman; o deputado estadual Requião Filho; a coordenadora da Proteção Social, Josiane Alves de Oliveira, representando a governadora Cida Borghetti; o vereador Giovani Fernandes; a presidente da Fundação de Ação Social (FAS), Elenice Malzoni; o administrador da regional Portão, Gerson Gunha; a conselheira jurídica da prefeitura municipal de Curitiba, Cibele Fernandes Dias; o diretor presidente do Hospital São Vicente, Charles London, a diretora de Práticas Assistenciais do Hospital do Idoso Zilda Arns, Tania Maas; o ex-secretário estadual da Saúde, Michelle Caputo Netto; Angela Torres e Dona Anita Leitóles, representando os voluntários do Pequeno Cotolengo; Dona Balbina Tokarski e Dona Rita, representando os funcionários do Pequeno Cotolengo, representantes dos primeiros moradores do Pequeno Cotolengo (1971); funcionários da Secretaria da Saúde e do Pequeno Cotolengo e moradores da instituição.