Curitiba atualiza número de casos suspeitos de coronavírus

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) investiga, até a tarde desta terça-feira (3/3), sete casos suspeitos de infecção humana pelo novo coronavírus (COVID-19) em Curitiba, apenas um deles é novo.

O novo caso trata-se de uma mulher de 56 anos que retornou de viagem recente da França. Ela foi atendida em um serviço de saúde da rede privada com sintomas de uma infecção respiratória leve - febre, tosse e coriza. Após a coleta de amostras para exames foi orientada a permanecer em isolamento domiciliar voluntário, enquanto aguarda o resultado dos exames.

Os seis casos divulgados pela SMS na tarde da última segunda-feira (2/3) seguem aguardando resultado dos exames.
As sete pessoas seguem em isolamento domiciliar voluntário. Em apenas um dos casos, o homem de 42 anos, houve necessidade de internamento por infecção pulmonar, mas ele já recebeu alta.

A médica infectologista da SMS, Marion Burger explica que o internamento só é indicado para casos com complicações, como por exemplo, infecção pulmonar. Mas ela alerta que é essencial manter o isolamento domiciliar, quando indicado.

“Enquanto aguardam o resultado é importante que as pessoas sigam as orientações. Mesmo que a infecção não seja pelo coronavírus, a medida evita a contaminação de outras pessoas e auxilia no processo de recuperação”, orienta Marion.

Os pacientes de casos suspeitos são monitorados diariamente por telefone para acompanhamento da evolução do quadro de saúde.

A secretaria solicita ainda que eles informem a relação das pessoas com quem tiveram contato próximo desde o início dos sintomas. Elas também serão monitoradas.

Europa
Segundo o diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, Alcides Oliveira, após a inclusão de estadia em países europeus como critério para investigação, o aumento do número de casos suspeitos já era esperado.

“Com a circulação da doença em países da Europa, destinos de grande número de turistas, é natural que haja o aumento no número de casos suspeitos, principalmente pelo fato de os sintomas serem comuns à várias outras infecções respiratórias”, esclarece Oliveira.

Três dos casos em investigação em Curitiba são de pessoas com histórico de viagem para a Itália, país com grande circulação da doença. Dois homens com idades de 41 e 42 anos e uma mulher de 21 anos.

Nos outros quatro casos o destino de viagem foi a França, país que também já registrou transmissão local da doença.

Perguntas e respostas sobre o coronavírus

Definição de caso suspeito

A infecção respiratória é causada por um novo vírus, portanto o comportamento e evolução dos casos está sob constante monitoramento das autoridades nacionais e internacionais de saúde.

Até o momento são considerados casos suspeitos pessoas com febre acompanhada de sintomas respiratórios - febre, tosse, coriza, dor de garganta, dor no corpo, dor de cabeça, dificuldade para respirar -, associados a histórico de viagem nos últimos 14 dias antes do início dos sintomas para área com transmissão local, de acordo com o Ministério de Saúde.

Atualmente na lista de viagens recentes para considerar casos suspeitos estão os seguintes países: China, Austrália, Coréia do Sul, Coréia do Norte, Camboja, Filipinas, Japão, Malásia, Vietnã, Singapura, Tailândia, Itália, Alemanha, França, Iran e Emirados Árabes Unidos.

Como prevenir
O coronavírus pode ser transmitido de forma semelhante à influenza ou outros vírus respiratórios, pelas gotículas respiratórias, por tosse e espirros em curta distância ou pelo contato com objetos contaminados pelo vírus.

• Higienizar as mãos com frequência com água e sabonete líquido ou formulação alcóolica a 70%, principalmente antes de consumir algum alimento.
• Utilizar lenço descartável para higiene nasal.
• Cobrir nariz e boca (pode ser com o cotovelo ou com lenços descartáveis) quando espirrar ou tossir.
• Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca e sempre higienizar as mãos após tossir ou espirrar.
• Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos, garrafas, canudos, cigarros ou batons.
• Manter ambientes bem ventilados, evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença.
• Evitar contato próximo com animais silvestres e animais doentes em fazendas ou criações.
• Pessoas com sintomas de infecção respiratória aguda devem praticar etiqueta respiratória (cobrir a boca e nariz ao tossir e espirrar, preferencialmente com lenços descartáveis e após higienizar as mãos).