Repasse municipal para hospitais do SUS passa a R$ 31,2 milhões por ano
O repasse financeiro municipal anual aos hospitais de rede SUS de Curitiba passará de R$ 13,2 milhões por ano para R$ 31,2 milhões por ano. As regras para concessão foram divulgadas nesta segunda-feira (5/7) aos representantes dos hospitais, em reunião com o prefeito Rafael Greca e a secretária municipal da Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak. O repasse é atrelado ao cumprimento de metas pactuadas com a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba.
“Foi a recuperação financeira da cidade, no início da gestão, que permitiu chegar onde chegamos e poder ter esse momento”, disse o prefeito. “A cidade está com tudo no lugar e é por isso que a gente consegue oferecer esse ‘cheque’. Hoje é uma lembrança feliz de que a cidade foi forte, apesar das adversidades”, completou Greca.
O incentivo, proveniente de recursos do tesouro municipal, foi implantado em 2012 para a manutenção das portas de urgência e emergência abertas para os atendimentos aos curitibanos – exceto para os hospitais próprios que são mantidos integralmente pelo município com recursos próprios.
Desde 2012, porém, não havia atualização do incentivo, o que se fazia necessário considerando a expansão nos atendimentos à população desde então, assim como o aumento do custeio em relação a recursos humanos e insumos.
Desde o ano passado, ainda, diante do caos sanitário mundial, várias ações de enfretamento da situação pandêmica tiveram que ser adotadas no município, inclusive com a ativação de 548 leitos de UTI e 746 de enfermaria para atendimento de pacientes com covid na rede hospitalar do SUS de Curitiba.
“Esse grupo de hospitais merece palmas e gratidão eterna. Mais de 26 mil pessoas foram internadas desde abril de 2020 no início da pandemia. Não teve curitibano que ficou sem acolhimento, sem assistência”, disse a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak.
Segundo ela, os investimentos realizados em infraestrutura hospitalar são legados que ficarão para a cidade pós-pandemia. “São respiradores, monitores, rede de gases, raio-X”, exemplificou.
Fazem parte da rede de atenção hospitalar do SUS as seguintes instituições: Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, Complexo Hospitalar do Trabalhador, Hospital Universitário Cajuru, Complexo Hospital de Clínicas, Hospital Santa Casa de Curitiba, Hospital da Cruz Vermelha Brasileira, Hospital São Vicente, Hospital Pequeno Príncipe, Hospital do Idoso Zilda Arns, Hospital Madalena Sofia, Centro Médico Comunitário Bairro Novo e Hospital Nossa Senhora das Graças/Maternidade Mater Dei; Hospital Madalena Sofia e Hospital Erasto Gaertner – estes três últimos passam a receber o incentivo municipal apenas a partir desta nova resolução.
Presenças
Participaram da reunião também a primeira dama Margarita Sansone; o presidente da Câmara Municipal de Curitiba, Tico Kuzma; o vereador líder do governo, Píer Petruzziello; o deputado estadual Michele Caputo; o presidente do Conselho Municipal da Saúde, Adilson Tremura; e representantes dos hospitais.
Inovação
Ao final da reunião, o prefeito Rafael Greca convidou as estudantes universitárias Giovanna Palácio, Milena Lima e Bruna Zanatta, das áreas de Direito e de Biotecnologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), para apresentar aos representantes dos hospitais um projeto desenvolvido por elas, que busca levar conforto emocional aos pacientes internados.
Trata-se de um produto de poliuretano que imita uma mão. A ideia é que ele seja mais eficiente do que as luvas de látex enchidas com água usadas pelas equipes de saúde para trazer sensação de contato físico aos pacientes internados por longo período, um processo comum realizados nos hospitais.
“É meu dever como prefeito incentivar o espírito inovador de cada moço e de cada moça de Curitiba”, disse Greca.