Média da cobertura vacinal infantil em Curitiba sobe para 92,3%

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Em dez meses de intensificação das ações de imunização na cidade, Curitiba atinge a média de 92,3% de cobertura das nove vacinas previstas no calendário nacional para crianças com 1 ano de idade: rotavírus, meningo C, pentavalente, pneumo 10, tríplice viral (VTV), hepatite A, febre amarela, tetraviral e BCG. Em janeiro, a cobertura dos mesmos imunizantes estava em 88,4%.

Para chegar aos bons resultados, a Prefeitura investe em campanhas de comunicação para conscientizar pais e responsáveis sobre a importância da vacinação das crianças. A divulgação ganhou força a partir do lançamento da campanha “Quem ama, vacina”, em junho deste ano.

Além disso, equipes da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) trabalharam em ações de ampliação do acesso, como a oferta de imunização aos sábados e unidades com horários ampliados para a vacinação.

“Com a pandemia da covid-19, as outras doenças e, como consequência, as vacinas, foram um pouco esquecidas pela população, então fizemos um grande esforço para retomar a cultura da vacinação, principalmente no primeiro ano de vida”, conta a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.

As ações de atualização vacinal aos fins de semana renderam 60.963 doses de imunizantes aplicadas. Para o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, Alcides Oliveira, os resultados são muito bons, mas o desafio agora é manter essa rotina de ter a imunização como uma prioridade.

“Nós já vivenciamos o retorno de doenças imunopreviníveis, como o sarampo, e não podemos permitir esse retorno. Foram anos para erradicar essas doenças, mas basta um descuido para que os vírus voltem”, alertou.

Cobertura ideal
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), para se criar uma rede de segurança contra as doenças o ideal é atingir a média de 90% de cobertura para a vacinas BCG e rotavírus e de 95% para os demais imunizantes.

Das nove vacinas de rotina para as crianças de 1 ano, em oito Curitiba ultrapassou os 90% do público definido pelo Ministério da Saúde. O único imunizante abaixo desse indicador é contra a febre amarela, o mais recente no esquema vacinal da criança, introduzido em 2018.

Poliomielite
Apesar de o Brasil não registrar casos da doença desde 1989, o vírus continua presente em outros países, aumentando a necessidade de medidas preventivas. Em julho, um caso da doença foi confirmado em Nova Iorque (EUA) e, neste mês, o vírus foi detectado no esgoto novaiorquino e de Londres (Inglaterra).

A campanha nacional de reforço contra a poliomielite para crianças de 1 a 4 anos terminou e Curitiba atingiu 60% de cobertura com a gotinha de reforço. Embora a campanha tenha sido finalizada, as vacinas continuam disponíveis nas Unidades de Saúde de Curitiba.

Para proteger contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, existem duas vacinas: a vacina inativada poliomielite (VIP), que é injetável; e a vacina oral poliomielite (VOP). A recomendação é a vacinação com três doses da VIP, aos 2, 4 e 6 meses de idade, mais dois reforços com VOP, aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

Outras vacinas
Além das vacinas previstas no calendário nacional, a SMS segue com a disponibilidade da vacina contra a gripe para todas as pessoas a partir de 6 meses de idade a SMS também recomenda a vacina contra a gripe, que ajuda a reduzir a circulação do vírus influenza (gripe) e o risco de agravamento em caso de contaminação.

Outra vacina disponível, é contra a covid-19 para todo o público convocado que ainda não tenha completado o esquema vacinal. Para crianças de 3 e 4 anos a vacinação acontece em dez locais específicos, informações e endereços podem ser consultados no site Imuniza Já.

Para aqueles que não sabem se estão com alguma dose em atraso, a Prefeitura laçou um simulador com seis perguntas que irão apontar se há alguma dose pendente.


Como consultar vacinas
Moradores de Curitiba podem consultar se há vacinas pendentes no Saúde Já Curitiba (site ou smartphone), clicar na opção “Carteira de Vacinação” e escolher a aba “Pendentes”, que irá mostrar as doses do calendário nacional de vacinação em atraso.