Certificado de vacinação da febre amarela só pode ser emitido pelo ConecteSUS
Desde essa segunda-feira, 3 de julho, os viajantes que precisam do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (Civp) da Febre Amarela devem emitir o documento pelo ConecteSUS, aplicativo oficial do Ministério da Saúde para acesso a serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) de forma digital.
Anteriormente, o certificado podia ser emitido pelas equipes das secretarias municipais, e, em Curitiba, essa função estava à cargo da Central Saúde Já. A mudança de regras para emissão do documento foi comunicada aos estados e municípios por meio de Ofício Circular da Anvisa, que informa o encerramento do sistema Civnet, onde era possível gerar o certificado.
Segundo a Anvisa, as pessoas que foram vacinadas contra a febre amarela depois de 29 de dezembro de 2022 podem verificar se o certificado está disponível no ConecteSUS, que pode ser acessado pela web ou por aplicativo móvel, disponível para sistema android nas lojas Google Play ou IOS na Apple Store.
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Caso não encontre o documento, é possível solicitar sua emissão enviando a carteira de vacinação com o registro da vacina contra a febre amarela pelo Portal de Serviços do Governo Federal (gov.br). A solicitação online será analisada pelo Governo Federal no prazo de até dez dias úteis e então o documento poderá ser emitido pelo ConecteSUS.
Vacina
A vacina contra a febre amarela está disponível na vacinação de rotina das unidades de saúde de Curitiba. A lista com endereço e horários dos pontos de vacinação pode ser verificada no site Imuniza Já Curitiba.
A orientação é que a vacina contra febre amarela seja tomada com antecedência mínima de 10 dias antes da viagem para regiões de matas e estados ou países com a circulação do vírus.
Alguns destinos internacionais exigem a apresentação do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) da febre amarela.
Esquema vacinal
Atualmente, para pessoas entre 5 e 59 anos de vida, nunca vacinadas anteriormente, o imunizante contra a febre amarela é aplicado em dose única e tem validade por toda a vida.
Em menores de cinco anos, a vacina é aplicada aos 9 meses de vida, com uma dose de reforço aos 4 anos de idade.
Até 2017, o Ministério da Saúde determinava a vacinação em Curitiba apenas àqueles que iriam se deslocar para área de risco em outros estados. Com o avanço da doença no país e nas regiões Sudeste e Sul, a partir de 2018 a vacina foi incluída no calendário de vacinação de rotina das crianças, sendo recomendada uma dose única aos 9 meses de idade.
“Desde, então, portanto, a vacina passou a ser recomendada também em Curitiba a quem têm mais de nove meses e menos de 60 anos, independentemente se vão se deslocar para área de risco”, explica a coordenadora da Central de Vacinas da SMS, Débora Carlet.
Como consultar
Caso a pessoa não tenha certeza se já foi imunizada, basta verificar se há registro na carteira vacinal no app Saúde Já Curitiba, disponível para smartphones e tablets com os sistemas operacionais Android e iOS.
Outra alternativa é procurar a unidade de saúde mais próxima de casa ou ligar para a Central Saúde Já Curitiba pelo telefone 3350-9000. Os profissionais da Central podem verificar sobre o registro vacinal dos cidadãos curitibanos e ainda orientar sobre como solicitar o certificado.
Já as pessoas com mais de 60 anos, gestantes e mães que amamentam bebês menores de seis meses precisam de avaliação clínica para confirmar a indicação ou contraindicação da vacina.
A imunização é contraindicada para pessoas com febre alta, deficiência do sistema imunológico ou que tenham histórico de reação alérgica grave aos componentes da vacina, como ovo e gelatina.
Febre Amarela
Transmitida por algumas espécies de mosquitos, a febre amarela é considerada uma doença sazonal do verão, geralmente com aumento de casos entre dezembro a maio. Nesse período, com altas temperaturas e dias de chuvas os mosquitos se reproduzem com mais intensidade.
Ao contrário do que alguns pensam, os macacos não transmitem a doença para o homem, eles servem de “sentinela”, uma vez que alertam sobre a aproximação do vírus, transmitido pela picada dos mosquitos Haemagogus e Sabethes na febre amarela silvestre e pelo Aedes aegypti e Albopictus na febre amarela urbana, que não tem registro no Brasil desde 1942.