Workshop no Hospital do Idoso capacita urologistas em cirurgias de cálculo renal em Curitiba

Hiza cirurgia

O Hospital Municipal do Idoso, no Pinheirinho, sedia até domingo (9/7) a quarta edição do Workshop sobre Treinamento Avançado em Urolitíase (cálculos renais). O objetivo é capacitar médicos urologistas durante um mutirão de cirurgias.

O workshop começou nesta sexta-feira (7/7) e reúne 12 profissionais de vários estados brasileiros e do Peru em três etapas de ensino, com aulas teóricas (discussão de casos clínicos), aulas práticas com simuladores clínicos e prática cirúrgica.

“É fundamental capacitar médicos urologistas e incorporar novas tecnologias, principalmente no tratamento de cálculos renais, doença que tem grande incidência na população e forte impacto na qualidade de vida dos pacientes”, disse o diretor-executivo do hospital, Peterson de Souza.

No primeiro dia, durante o intervalo das cirurgias, o residente do Hospital de Clínicas Paulo Lang comentou sobre a qualidade do curso: “Foram ainda poucas horas, mas já pudemos ver diversos procedimentos e métodos”.

Marcelo Chaves Campos é professor de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e um dos instrutores do workshop. Ele falou sobre o diferencial do treinamento, principalmente na prática.

“Utilizamos a técnica das principais diretrizes do mundo, associada à tecnologia mais moderna disponível e aqui, no Hospital do Idoso, temos a disponibilidade de oferecer o melhor para os pacientes do SUS de Curitiba”, destacou o professor.

“O foco é no tratamento endoscópico de cálculos nos rins, bexigas e ureter, tudo para reduzir o calibre do aparelho, os danos e sangramentos”, afirmou o urologista Thiago Hota, da equipe do hospital.

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Estão previstas 12 cirurgias de cálculos renais em pacientes do SUS de Curitiba. Ivone Benatti, de 49 anos, foi uma das que passaram pela cirurgia no primeiro dia do workshop.

Em razão de um cálculo no canal da urina, ela chegou a ficar internada por sete dias no Hospital do Idoso e em outros 14 dias recebeu antibiótico da equipe do programa Saúde em Casa.

A cirurgia pôs fim a sete meses de uso do cateter e de muita dor. “Era horrível, sentia muita dor, incômodo”, lembra Ivonete.

Ainda na observação no Centro Cirúrgico, ela contou que se sentia bem. “Os médicos falaram que foi um sucesso. Eu só entrei, dormi e acordei aqui sem dor”, relata, aliviada.