Prefeitura reforça ações de combate à dengue
A Prefeitura de Curitiba está montando estratégias para reforçar as ações de combate aos transmissores da dengue e da febre chikungunya – Aedes aegypti e Aedes albopictus, respectivamente. Este ano, foram confirmados 15 casos de dengue na cidade, todos importados, ou seja, de pessoas que viajaram para locais onde ocorriam epidemias da doença e acabaram se contaminando.
Para discutir estas estratégias, representantes das secretarias de Governo, Saúde, Trânsito, Educação, Meio Ambiente e Urbanismo se reuniram nesta sexta-feira (06), na Secretaria de Governo Municipal.
A Secretaria Municipal da Saúde realiza um trabalho contínuo de combate aos focos dos dois mosquitos, que inclui visitas domiciliares, monitoramento quinzenal de pontos considerados estratégicos – como empresas de materiais recicláveis, ferros velhos, depósitos e borracharias –, atividades educativas e registro de infração em estabelecimentos comerciais que cumprem as adequações exigidas para combater os mosquitos. Entretanto, mesmo com essas ações, entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano foram registrados 107 focos do mosquito da dengue e 221 do albopictus. A maior parte dos focos foi encontrada nas áreas próximas à Linha Verde.
O secretário municipal de Saúde, Adriano Massuda, destacou que, além do número de focos encontrados pelos agentes, há o problema das epidemias registradas no interior do Paraná e nos estados vizinhos, como São Paulo e Santa Catarina. O secretário informou que, pela primeira vez, Curitiba registrou um caso de dengue importado de Santa Catarina, estado que raramente apresentava problemas por causa do mosquito. “Itajaí e Balneário Camboriú estão enfrentando epidemias de dengue e são cidades que recebem muitos curitibanos. Temos que realizar ações efetivas para não sermos mais uma cidade a enfrentar o problema”, disse.
Febre chikungunya
O mosquito albopictus, transmissor da febre chikungunya, também precisa da água parada para se reproduzir. Os sintomas são semelhantes aos da dengue, como é o caso de febre alta, dor muscular e nas articulações, mas se manifestam ainda mais intensamente. Desde o início de 2014, já foram registrados 2.783 casos da chikungunya no Brasil. “Com um tipo de ação, combatemos os dois problemas, mas para isso é fundamental a participação efetiva da população”, orientou o secretário de Saúde.
O secretário de Governo, Ricardo Mac Donald Ghisi, sugeriu que as secretarias realizem mutirões conjuntos nas regionais até o final do mês de abril, visando alertar e conscientizar a população sobre os riscos das doenças. A partir de maio, com a chegada do outono e a queda gradativa da temperatura, os riscos de transmissão dessas doenças reduzem bastante em Curitiba.
Segundo o diretor do Departamento de Saúde Ambiental da Secretaria de Saúde, Luiz Armando Erthal,Curitiba tem 890 pontos estratégicos de fiscalização. “Se conseguirmos diminuir esses pontos, ganhamos agilidade, porque os agentes conseguem fiscalizar um maior número de imóveis”, comentou.
Além dos mutirões de limpeza, serão feitas ações integradas de fiscalização em estabelecimentos comerciais e imóveis residenciais e a coleta e destinação de materiais como pneus abandonados. A Secretaria de Educação vai fazer um trabalho informativo diretamente com os estudantes e suas famílias.
Prevenção
- Nas lajes e calhas, tire folhas e tudo o que impeça o escoamento da água;
- Pneus velhos ou que não estão sendo utilizados devem ser guardados em locais secos e cobertos;
- Bordas de fontes e piscinas devem ser lavadas com escova semanalmente;
- Pratos de vasos de flores e de plantas devem ser preenchidos com areia;
- Garrafas e embalagens PET podem ser encaminhadas para a coleta seletiva ou guardadas de boca para baixo;
- Caixas d’água devem estar sempre bem tampadas;
- Coloque água sanitária em ralos e locais que possam ter água parada;
- O lixo deve ser colocado em sacos plásticos fechados e depositados em lixeiras, que também devem estar tampadas;
- Potes de água de animais domésticos devem ser lavados com água e sabão;
- Materiais de construção devem ser armazenados em ambientes cobertos e secos.