Unidade de saúde faz exposição fotográfica para alertar os perigos da dengue
Unidade de saúde faz exposição de fotos para alertar sobre os perigos da dengue
Uma exposição de fotos na unidade de saúde Vila Guaíra chamou a atenção dos usuários nesta quinta-feira (12). Funcionários da unidade foram até o Cemitério do Água Verde com uma máquina fotográfica para mostrar que os mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus – transmissores da dengue e da febre chikungunya proliferam nos locais onde menos se espera.
De acordo com a coordenadora da unidade, Luana Canan, a ideia da exposição fotográfica surgiu durante as reuniões do Núcleo de Saúde Coletiva que ocorrem uma vez por mês. “Colocamos uma mesa com uma maquete mostrando os locais onde o mosquito pode se proliferar, mas nesses locais, como pneus com água parada, a população já está cansada de saber. No cemitério encontramos sacos plásticos com água, restos de construção e outros locais em que não costumamos prestar muita atenção”, disse.
Neste ano, já foram confirmados 15 casos de dengue em Curitiba, todos importados, ou seja, de pessoas que viajaram para locais onde ocorriam epidemias da doença e acabaram se contaminando. Além disso, nos dois primeiros meses já foram registrados 107 focos do mosquito da dengue e 221 do albopictus.
Mara Rubia Reis foi levar o filho para uma consulta médica e gostou da iniciativa da exposição. “A gente se preocupa com os vasinhos, mas nunca pensamos nos riscos que podem existir em outros locais como o cemitério. É importante fazer uma análise do entorno, e a população também ficar mais atenta ao que deposita nos túmulos’.
A coordenadora do Programa de Combate a Dengue da Secretaria Municipal da Saúde, Juliana Martins, ressaltou que os agentes de endemias visitam os cemitérios a cada 15 dias para fazer a limpeza do local. “Os cemitérios não são locais com muitos focos porque os agentes fazem a vistoria regularmente. Também fazemos palestras de conscientização com os funcionários para ficarem atentos aos focos. Mas é preciso prestar atenção, mudar os costumes para garantir que o número de focos não aumente”. Hoje, o maior número de focos em Curitiba foi encontrado nas proximidades da Linha Verde.