Vigilância Sanitária coleta amostras de produtos de marcas citadas na operação
Uma ação da Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal da Saúde recolheu amostras de quatro produtos de marcas citadas pela operação da Polícia Federal Carne Fraca, em um mercado de Curitiba, nesta segunda-feira (20/03). Os produtos foram enviados ao Laboratório Central do Estado (Lacen), da Secretaria de Estado da Saúde, para análise físico-química e microbiológica, que deverão ser processadas em até dez dias.
Os exames vão mostrar se os produtos estão contaminados ou não e se estão próprios para o consumo. Se forem detectados problemas, as empresas fabricantes podem ser notificadas para recolher das gôndolas.
Os produtos recolhidos nesta segunda-feira foram salsicha, linguiça defumada, carne embalada à vácuo e salame. Nesta terça-feira (21/03), a coleta deve continuar. Ao todo serão enviadas dez amostras para análise ao Lacen. Os pontos de fiscalização são escolhidos aleatoriamente, dentre aqueles que fazem venda direta à população. O alvo desta ação especificamente não são os estabelecimento em si, mas os produtos das marcas citadas pela operação da PF.
Trabalho de rotina
Esta ação da Vigilância Municipal, porém, se soma a outras de rotina de fiscalização. No último ano, a Vigilância Sanitária de Curitiba registrou infrações em quase 1.000 estabelecimentos diferentes.
Entre os problemas mais recorrentes estão aqueles relacionados à conservação de alimentos, à temperatura inadequada, rotulagem, falta de higiene. Em 71 dos estabelecimentos fiscalizados, foi necessário a inutilização de alimentos.
“Fazemos inspeções de rotina diariamente em todos os estabelecimentos que vendem produtos alimentares, carnes ou não. Hoje, a ação é mais pontual para coleta de amostras para análise de controle daquelas indústrias que foram alvo da operação Carne Fraca”, afirma a diretora do Departamento de Saúde Ambiental da Secretaria Municipal da Saúde, Rosana Zappe.
Rosana lembra que o papel da Vigilância Municipal é diferente do dos fiscais do Ministério de Agricultura, citados pela operação da Polícia Federal. “A competência da Vigilância Municipal é fiscalizar o consumo, ou seja, os alimentos que estão sendo disponibilizados para a população em restaurantes, supermercados, açougues, ambulantes”, conta ela.
São analisados estocagem, cor, cheiro, data de validade, temperatura de armazenamento. Segundo Rosana, os fiscais do Ministério da Agricultura atuam na fiscalização da fabricação de alimentos que não ficam apenas dentro do município.
Precaução
Segundo Rosana, a Vigilância Sanitária de Curitiba não recebeu nenhuma denúncia relacionada à operação Carne Fraca até o momento. No entanto, alguns cuidados são necessários ao adquirir os produtos. “Não precisa parar de comer carne, mas é importante observar o prazo de validade, verificar se a embalagem está íntegra ou se há presença de objetos estranhos. Além disso, é importante conservar adequadamente os produtos em scasa”, aconselha.
Em caso de detectar produtos com problemas em algum estabelecimento comercial, o cliente pode denunciar pelo telefone 156.