Curitiba amplia a vacinação contra o HPV temporariamente
A partir desta segunda-feira (21/8), a Secretaria Municipal da Saúde amplia, em Curitiba, a vacinação contra o HPV para a população entre 15 a 26 anos, de ambos os sexos. A mudança é temporária e segue uma orientação do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde.
A estratégia está sendo adotada em todo o País para priorizar as vacinas que estão próximas a data do vencimento. Com o intuito de seguir a orientação nacional, Curitiba também está aderindo à determinação, mesmo sem ter lotes da vacina vencendo nas unidades de saúde do município.
“Os dois lotes de vacinas de HPV disponíveis em Curitiba hoje têm data de vencimento apenas em fevereiro e março de 2018, mas entendemos que Curitiba não poderia ficar de fora e deveria seguir a orientação, porque é uma oportunidade de estendermos, mesmo que temporariamente, para mais pessoas, o benefício da vacina”, afirma Alcides Oliveira, diretor do Centro de Epidemiologia de Curitiba.
A vacinação para o público-alvo anterior será mantida. Até então, a campanha abrangia meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, além de jovens de 9 a 26 anos que vivem com HIV/Aids, em tratamento de câncer ou transplantados. Para a faixa etária de 15 a 26 anos, incluída agora, a orientação é seguir o esquema vacinal de três doses, com primeiro intervalo de dois meses e o segundo de seis meses.
A estratégia se mantém até o fim dos estoques, mas quem tomar a primeira dose neste período terá as duas doses subsequentes garantidas. Curitiba conta com 8 mil vacinas, com vencimento em 2018. Terminado os estoques, as vacinas deverão voltar a ser administradas apenas para o público-alvo, de 9 a 15 anos.
Proteção
No sexo feminino, a vacina protege contra o câncer de colo de útero, que atualmente é o 3º mais frequente e a 4ª causa de morte por câncer em mulheres no Brasil.
Para os homens, o objetivo é proteger contra os cânceres de garganta, pênis e ânus. Além disso, previne mais de 98% das verrugas genitais. A vacina é reconhecida internacionalmente e estimula a produção de anticorpos específicos para os quatro tipos do HPV que circulam no Brasil. “A vacina é segura e eficaz”, reforça Oliveira.