Dia Mundial de Luta Contra a Aids tem testes gratuitos contra o vírus

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Neste dia 1º de dezembro, Dia Mundial da Luta Contra o HIV/Aids, uma das principais formas de combate e tratamento ao vírus – o diagnóstico – foi ofertado pela Prefeitura em uma grande tenda armada na Praça Rui Barbosa.

Profissionais da Secretaria Municipal da Saúde, em parceria com a Secretaria Estadual da Saúde e organizações não governamentais, convidaram a população a fazer o teste rápido (com amostra de saliva ou de sangue), distribuíram camisinhas masculinas e femininas para o sexo seguro e deram orientações sobre a prevenção e o tratamento da doença.

“Estava de passagem pela praça e vi essa movimentação. Nunca tinha feito o teste para HIV e é importante fazer, né? Como toda doença, o vírus não escolhe quem contaminar”, disse Joseane de Carvalho Ferreira, 25 anos, técnica de enfermagem.

A médica infectologista do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde Cléa Elisa Lopes Ribeiro destacou que o combate da doença é feito com apoio de toda a população em três pilares: diagnóstico, prevenção e tratamento.

“Quando se descobre cedo a doença, é mais efetivo tratar e evitar o contágio. Além de fazer o teste, é preciso usar a camisinha nas relações sexuais e, para quem testar positivo, fazer o tratamento”, destaca.

Boletim Epidemiológico

Também nesta sexta-feira (1º/12), o Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde lançou o Boletim Epidemiológico HIV/Aids, que, apresenta a avaliação estatística sobre os números da doença em Curitiba.

O documento mostra que em 2016, foram notificados 209 casos de Aids e 689 casos de HIV na cidade. Desde 1984, quando foi registrado o primeiro caso da doença no município, foram registrados 16.997 casos, somando-se as infeções pelo HIV (quando a pessoa está contaminada pelo vírus) e Aids (quando o vírus se manifesta como doença crônica).

Desses casos, 70,3% atinge homens (11.952) e 29,7% em mulheres (5.045), com uma média de três casos de HIV para cada caso de Aids.

Cléa estima que o diagnóstico precoce seja um dos motivos para esse resultado. “Tivemos um crescimento grande no número de casos entre 2014 e 2015 e, em 2016, uma redução de 25%. Essa diminuição pode ser resultado de termos diagnosticado todos os casos nos anos anteriores. Mas também temos a esperança de ser o começo da diminuição de casos de HIV/Aids em Curitiba.”, alerta a medica infectologista.

Ela destaca que a cidade ainda vive uma epidemia da doença, com uma média de 48 casos registrados para cada 100 mil habitantes. Entre homens entre 20 e 29 anos, a taxa de detecção praticamente quadruplica: é de 186,5 para cada 100 mil habitantes.

“A prática de maior risco para o contágio é o sexo anal, independente do gênero. Por isso, todas as pessoas que, pelo uma vez na vida, tiveram relação sexual sem preservativo têm de se testar”, reforça a médica.

Onde fazer o teste

A Prefeitura oferece o teste para HIV/Aids nos 110 postos de saúde, em que é necessário agendar atendimento, fazer a coleta de sangue e retornar para ter o resultado. Outra opção é a testagem rápida, ofertada pelo Centro de Orientação de Aconselhamento (COA – Rua do Rosário, 144, 6º andar, Centro).