Saúde reverte cenário de caos e avança no atendimento à população
O setor de Saúde da capital precisou superar um cenário de caos encontrado no começo da gestão: postos sem medicamentos, longas filas para atendimento em especialidades médicas e fila na madrugada nas unidades de saúde, cota de exames laboratoriais, UPAs abarrotadas por falta de leitos em hospitais.
“Foi preciso muito esforço e capacidade de gestão para revertermos esse quadro”, diz a secretária municipal da Saúde, Márcia Cecília Huçulak.
Com ações emergenciais e as medidas de ajuste fiscal tomadas pela administração o quadro foi sendo revertido, e o município conclui o ano com avanços fundamentais para a população, como a implantação do aplicativo Saúde Já, redução de até 99% em algumas especialidades, regularização dos estoques de medicamentos e abertura da UPA Tatuquara.
Urgência no início
Márcia lembra que a primeira medida importante da gestão foi resolver as dívidas com fornecedores de medicamentos, que se recusavam a entregar os produtos em decorrência das pendências deixadas pela gestão anterior.
Ao resolver essa questão, o município pode voltar a adquirir os produtos diretamente da indústria, o que é mais barato em comparação com as compras emergenciais que tiveram de ser feitas no início do ano. “As prateleiras, finalmente, voltaram a ficar cheias”, diz a secretária.
Laboratório de volta
Outra importante ação para regularizar o atendimento foi feita no Laboratório Municipal de Curitiba, que voltou a contar com os insumos necessários para processar 350 mil exames por mês.
Dessa forma, a gestão zerou a fila de 55 mil exames que se acumularam na gestão anterior devido as cotas que haviam sido estabelecidas.
Serviço de tecnologia
A regularização dos problemas é importante, mas avançar no atendimento é fundamental na área de Saúde, ressalta a secretária. O aplicativo Saúde Já, para smartphones, representou um importante incremento na área, tendo sido implantado em todas as 110 unidades da capital.
Por meio dele, os usuários podem agendar previamente o primeiro atendimento no posto de saúde, evitando as filas da madrugada. Após o primeiro atendimento com a enfermagem, o usuário é direcionado para o serviço adequado ao seu caso (consulta médica, vacina ou exames).
Desde março, quando foi implantado, já foram feitos mais de 43 mil agendamentos pelo aplicativo, que é baixado em suas versões para iOS ou Android num ritmo de 124 novos usuários por dia.
Em novembro, o app teve sua primeira atualização, passando a incluir novas funcionalidades, como primeiro agendamento na Odontologia, cadastro de dependentes e acesso por meio de mensagem em Libras (a linguagem dos surdos).
Menos filas
O app aponta para o futuro e representa um importante instrumento em desenvolvimento, mas o enfrentamento das filas no atendimento em Curitiba necessitava medidas urgentes e massificadas também, que foram implementadas e realizadas dentro da estratégia Saúde Já.
Uma série de mutirões reduziu de maneira expressiva as filas que contavam milhares de pessoas na espera por especialidades médicas.
Após mais de 173 mil agendamentos este ano as filas foram reduzidas a menos da metade – ainda restam 98 mil pessoas para zerar a demanda reprimida, o que exige atenção contínua, diz Márcia.
Além de reduzir o número de pessoas que estavam na fila, a espera pelo atendimento também caiu de maneira significativa.
Na especialidade de Vasectomia, por exemplo, passou de seis meses para 15 dias; na Dermatologia, de dez meses para cinco; na Cardiologia, de quatro meses para um; os pacientes de pequenas cirurgias de pele aguardavam 19 meses pelo procedimento, tempo reduzido para 30 dias agora.
Novos leitos
Os avanços chegaram também em outras frentes. Foram abertos 313 novos leitos de retaguarda nos hospitais. Eles são importantes porque destinam-se ao encaminhamento de pacientes que entram na urgência e emergência das UPAs municipais e, após o atendimento inicial, precisam de internamento em outro local.
As ações
O atendimento da população da zona sul da cidade teve uma significativa melhora com a abertura da UPA Tatuquara, em maio. A unidade foi inaugurada pela gestão anterior, mas continuava fechada por falta de equipamentos e de médicos. De maio a novembro foram atendidas 51.026 pessoas na unidade.
A Prefeitura ainda retomou e finalizou as obras da unidade Jardim Aliança e a reforma da UPA CIC.
Usuários
Ações como essas impactam em quem mais precisa que a Saúde funcione de maneira eficiente.
João de Oliveira Cezário, 63 anos, por exemplo, procurou atendimento médico na rede municipal em 2016, quando um cisto que surgiu no seu braço aos 18 anos de idade começou a incomodar mais. Fez a cirurgia para retirada em 2017, no mutirão das especialidade de Dermatologia.
“Estava esperando ser chamado há bastante tempo, mas agora foi tudo muito rápido. Foi um ótimo atendimento”, relata um dos 15,8 mil pacientes que aguardavam por consulta.
Quem precisa de atendimento regular também sentiu a diferença.
O promotor de vendas João Carlos Sescatto, 65 anos, vai todo dia 10 ao posto de saúde Guaíra buscar os remédios para tratamento da tireóide da sua mulher, Sueli. Chega com a certeza de encontrar o que procura.
“Sempre sou muito bem atendido. Saber que a Prefeitura garante os comprimidos gratuitamente é uma economia que faz a diferença no nosso orçamento”, conta.
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Saúde mais forte em Curitiba
Investimentos
R$ 1,7 bilhão investido em 2017, dos quais R$ 890 milhões de recursos municipais.
R$ 47 milhões para medicamentos e insumos
Repasses aos hospitais que prestam serviços ao SUS - R$ 578,5 milhões
Novos leitos de retaguarda - 313, em cinco hospitais
Mutirões do Saúde Já
Redução da espera na fila
- Vasectomia: 6 meses para 15 dias
- Pequenas cirurgias de pele: 19 meses para 30 dias
- Cardiologia: 4 meses para 30 dias
Samu
6 novas ambulâncias
26% mais atendimentos