Curitiba abre as portas para a causa das famílias dos autistas

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O prefeito Rafael Greca recebeu nesta quarta-feira (25/7), na Prefeitura, as consultoras da Organização Mundial da Saúde (OMS) Cecília Monteiro Nava e Pamela Thomas Dixon.

As consultoras estão em Curitiba para promover o treinamento de profissionais para o Programa Internacional de Capacitação de Familiares e/ou Cuidadores de Crianças com Atraso ou Transtorno do Neurodesenvolvimento/Autismo em Curitiba.

“É muito simbólico abrir as portas da Prefeitura a elas: simboliza abrir a cidade para a causa da família dos autistas”, destacou o prefeito Rafael Greca, que entregou às consultoras uma litogravura.

O programa é uma parceria da Prefeitura de Curitiba com a OMS, a Fundação Autism Speaks e a Ico Project. Curitiba foi a primeira cidade do mundo a firmar essa parceria, em março deste ano. Até então, os convênios vinham sendo feitos entre a OMS e governos federais.

A consultora Cecília destacou que Curitiba impressionou a OMS pela organização da condução do projeto. “A coragem desta cidade pode ser modelo para outras cidades do Brasil”, disse. “Aqui já existe um caminho para que esse programa prospere. Não é preciso contratar novos profissionais, não é preciso construir novos prédios. Pode se estruturar com o que já existe”, elogiou.

Participaram do encontro a secretária municipal da Saúde, Marcia Huçulak, a fundadora do Instituto ICO Project, Elyse Matos, o apoio técnico do Departamento de Atenção à Saúde da Secretaria Municipal da Saúde, Joari Stahlschmid, o assessor da Prefeitura para Relações Internacionais, Rodolpho Zannin e a representante do conselho de saúde da ACP, administradora do grupo TEApoio Sul, Tatiana Camargo Bley.

O treinamento

O treinamento será realizado com quatro profissionais "másters" – três da Secretaria Municipal da Saúde e um do Ico Project – até sexta-feira (27/7), e tem o objetivo de prepará-los para disseminar a metodologia do programa de desenvolvimento das crianças com autismo a outros profissionais, os “facilitadores”. Estes, por sua vez, irão atuar junto a famílias de crianças de 2 a 9 anos com síndromes do Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou atraso no neurodesenvolvimento.

O projeto funciona em sistema de “pirâmide do conhecimento”. Os másters que receberão treinamento nesta semana vão ensinar vários facilitadores. Estes, irão replicar o conhecimento a pais e cuidadores.

Os facilitadores serão profissionais da Atenção Primária da Saúde da secretaria, ampliando exponencialmente a rede de pessoas com condições de dar suporte ao desenvolvimento das crianças.

O objetivo é, nesse sistema, capacitar todos os pais e cuidadores de crianças entre 2 e 9 anos com TEA de Curitiba em cinco anos. Serão priorizadas famílias de regiões de alta vulnerabilidade da cidade.