Curitiba apresenta em Montevidéu os avanços de programa com a OMS

Autismo

Neste domingo (28/10) a Curitiba apresentou, em Montevidéu, os primeiros resultados da fase de implantação Programa Internacional de Capacitação de Familiares e Cuidadores de Crianças com Atraso no Neurodesenvolvimento e Autismo, resultado de uma parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os avanços do projeto na capital paranaense foi apresentado para países da América Latina que também têm o programa.


Dentro do miniauditório do presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, representantes de cinco países ouviram os avanços da única cidade do do mundo com a qual a OMS firmou a parceria – nas demais 29 localidades em que o Programa foi implantado, a conexão é feita diretamente com os governos federais.
O representante da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba Joari Stahlschmidt mostrou como Curitiba tem investido na formação de cinco másters trainers, que irão formar os “facilitadores” - profissionais da Secretaria da Saúde para ensinar a metodologia a pais e cuidadores.
“Além de aprender experiências de países em que o Programa chegou há mais tempo, recebemos elogios pela disciplina e a velocidade que estamos dedicando para esse projeto”, comentou Stahlschmidt. “A Argentina levou três anos parar formar os másters trainers. Nós devemos certificar os nossos até fevereiro de 2019, em um prazo máximo de sete meses”, comparou.
A parceria foi firmada em março entre prefeitura de Curitiba, OMS, Fundação Autism Speaks, Instituto Ico Project e projeto está em fase de implantação na cidade com o objetivo de capacitar pais e familiares de crianças de 2 a 9 anos com autismo a compreender necessidades cognitivas dos pequenos e contribuir com seu desenvolvimento.
Outro fator que chamou a atenção de representantes de Chile, Argentina, Uruguai e Peru foi o formato inédito da parceria iniciada em território brasileiro: uma prefeitura assumindo a iniciativa. “Peruanos e argentinos afirmaram que esse formato pode ser uma opção que garanta a disseminação com maior eficiência”, citou o representante curitibano.
A razão é que governos locais têm maior gerência dos processos e que um município interessado no Programa de Capacitação poderia fazer parceria com aquele que já o tem, em vez de a União impor quais cidades precisam desenvolver o projeto.