Contratação de enfermeiros obstetras reforça conforto na hora do parto

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A Maternidade do Bairro Novo incorporou uma nova categoria profissional para apoiar ações de humanização do parto: a dos enfermeiros obstetras. Eles foram admitidos após a Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba (Feaes) criar o cargo no quadro funcional para atender diretrizes do Ministério da Saúde.

A diretora de atenção à Saúde da Feaes, Tereza Kindra, destaca que esta é a primeira vez que Curitiba realiza um processo seletivo público nesta área. “A inserção deste especialista é um grande avanço no SUS, na humanização do parto, no acolhimento da gestante e no processo de implantação da Rede Cegonha”.

Gerenciada pela Feaes, a Maternidade do Bairro Novo é referência para gestação de baixo risco, condição que permite a atuação do enfermeiro obstetra. Segundo Tereza, a atuação desses enfermeiros, juntamente com a equipe multiprofissional, dá condições para que o parto seja um momento natural e especial, conforme preconiza as boas práticas do SUS.

Os novos profissionais orientam sobre os métodos de conforto e os benefícios dessas práticas, mas nada é imposto. “Nosso papel é permitir à mulher ser a protagonista. Durante o trabalho de parto, são elas que decidem como querem ficar, se querem andar, usar o chuveiro, receber massagem, alimentação”, explica a enfermeira obstetra Isabella Rudy.

Entre os métodos mais utilizados está o da bola (semelhante à usada em exercícios de pilates). A mulher senta-se na bola, simulando a posição de cócoras, o que ajuda na dilatação e facilita o encaixe do bebê. Outra técnica é a ducha de água morna, que alivia a dor e auxilia no relaxamento. “99% das gestantes dizem que a dor diminui pela metade no chuveiro”, frisa a enfermeira.

A cabeleireira Adriana Andreia dos Santos, 30, aprovou a ducha morna. Ela chegou à maternidade com muita dor e pouca dilatação. “Gostei muito e quando saí (do chuveiro) foi rapidinho para o bebê nascer".

Relatos de familiares sobre o parto “convencional” fizeram Adriana pesquisar sobre o humanizado para ter sua primeira filha. “A gente ouve que você fica deitada esperando, mas, às vezes, não está se sentindo confortável. Nesta maternidade, a equipe ficou o tempo todo do meu lado, sempre me tranquilizando”.