Vigilância Sanitária está preparada para atender grandes eventos

00151602A realização da Copa do Mundo no Brasil trouxe, para a área de Saúde, a capacitação e a experiência na montagem de estrutura para poder receber grandes eventos. Essa foi a primeira avaliação feitas por representantes das vigilâncias sanitárias das 12 cidades-sede da Copa do Mundo, que participam de um encontro, nesta quinta (20) e sexta-feira (21), em Curitiba. O objetivo do seminário, que ocorre no auditório da Uninter, no Centro da capital, é debater as ações realizadas antes, durante e após a execução do Mundial para ver o que pode ser aprimorado nos próximos eventos de massa que serão realizados no Brasil. Na sexta-feira (21), será apresentado um balanço final das ações.

Durante a abertura do encontro, foram ressaltados o êxito na atuação das vigilâncias sanitárias durante a Copa e os bons resultados trazidos pela integração dos profissionais de diversas áreas. “O principal legado que fica para a saúde é a capacidade de se trabalhar em rede.

Vários setores da secretaria, como a vigilância sanitária, epidemiologia, assistência a saúde começaram a trabalhar articuladamente e viram o resultado positivo. É uma prática que começou com a organização da Copa do Mundo e que continua agora no SUS Curitiba”, disse o secretário municipal da Saúde, Adriano Massuda.

As primeiras reuniões das Câmaras Temáticas entre as vigilâncias sanitárias e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foram realizadas em 2011. Desde então, foram sistematizadas metodologias e critérios voltados para a saúde em eventos de massa. “Antes, não tínhamos regulamentos para esse tipo de evento. Hoje temos normatizações específicas para portos e aeroportos, por exemplo. Também foi criado todo um protocolo para a comercialização de alimentos e atendimentos médicos em grandes eventos, incluindo a categorização dos restaurantes e hotéis e cursos para manipulação de alimentos dos ambulantes”, explica Denise Resende, coordenadora de Eventos de Massa da Anvisa.

“Nosso maior desafio foi com o setor de alimentos, mas todo o planejamento foi muito bem-sucedido e resultou no êxito da atuação das vigilâncias sanitárias. A preparação prévia também foi flexível para superar rapidamente os imprevistos, normais em eventos desse porte”, ressaltou Jaime Cesar de Oliveira, diretor de Controle e Monitoramento Sanitário da Anvisa.

Curitiba

Além da estrutura do SUS Curitiba já existente na capital paranaense, com 109 unidades básicas de saúde – 11 delas atendendo até as 22 horas, e nove unidades de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas –, a Secretaria Municipal da Saúde também montou um posto médico em frente à Arena da Baixada que funcionou nos quatro dias de jogos e outro na Pedreira Paulo Leminski, que realizou os atendimentos durante a Fan Fest.

“Fomos responsáveis pela fiscalização e monitoramento de todos os serviços de alimentação e médicos realizados na Arena e na Fan Fest. Também fizemos a categorização dos hotéis e restaurantes de Curitiba, capacitamos vendedores ambulantes e nos cercamos de todos os cuidados para que a Copa fosse o grande evento que foi”, disse o diretor do Centro de Saúde Ambiental da Secretaria, Luiz Armando Erthal.

Outra parceria que a Vigilância Sanitária municipal realizou, e que continua após a realização do Mundial, foi com o setor de Portos e Aeroportos. “A integração foi fundamental para controlarmos a entrada e saída de produtos que muitas vezes são utilizados pelas delegações estrangeiras e que não são certificados no Brasil, como remédios e equipamentos médicos. Liberações e entraves que enfrentávamos antes já não existem, porque conseguimos nos comunicar e resolver os problemas localmente, com mais agilidade”, garantiu Juliana Almeida, superintendente substituto dos Portos e Aeroportos da Anvisa.

Seminário de Avaliação das Vigilâncias Sanitárias na Copa do Mundo
Local: Auditório Uninter Edifício Garcez (Av. Luiz Xavier, 103, 7º andar, Centro)
Data: dias 20 e 21 de agosto
Horário: das 8h30 às 17h30