Equipe da Vigilância Sanitária discute obras em hospitais
Representantes da Vigilância Sanitária de Curitiba e dos departamentos de engenharia dos hospitais da capital participaram de uma reunião na manhã desta quarta-feira (27) para discutir a aprovação de projetos e execução de obras nas instituições de saúde.
Diante de várias leis e normas técnicas, que são renovadas periodicamente, os hospitais precisam adequar seus espaços às novas exigências. Para executarem quaisquer obras, restauros ou reformas, as instituições precisam de projetos aprovados pela Vigilância Sanitária. Entre 2014 e 2015, a entidade municipal recebeu 96 projetos para serem verificados. Desses, 46 foram aprovados, 40 continuam em análise e dez foram indeferidos.
O panorama encontrado em Curitiba mostra os maiores hospitais da cidade funcionando em edifícios erguidos entre as décadas de 1950 e 1970. A execução de obras torna-se um desafio devido à limitação do espaço, à estrutura existente, ao investimento envolvido e à manutenção do atendimento aos usuários. “Existe um dilema entre a norma, a história e os avanços da tecnologia e da ciência que precisamos enfrentar no dia-a-dia”, afirma o diretor do Centro de Saúde Ambiental, Luiz Armando Erthal.
Durante o encontro, foi destacada a importância de os hospitais planejarem e desenvolverem projetos com a participação de funcionários de diversos setores da instituição, favorecendo a elaboração e a execução de uma obra com olhares e cuidados diferentes tanto para os pacientes como para os profissionais.
Inspeções
A chefe de Engenharia da Vigilância Municipal, Valéria Eliane Marinho, também apresentou os principais problemas encontrados em hospitais durante as inspeções. Entre as falhas mais recorrentes estão a instalação de ar condicionado inadequado, centrais de material esterilizado com porte incompatível com a necessidade do hospital e a disposição dos leitos nas UTIs.
“Os hospitais são inspecionados mensalmente por equipes multiprofissionais que chegam a passar uma semana inteira para verificar as unidades. Quando são encontradas irregularidades, um termo de intimação é feito para repassar legalmente as informações e as situações que precisam ser regularizadas em um determinado tempo. Dependendo do risco sanitário que encontramos, também podemos interditar serviços”, explica Valéria.
A iniciativa de diálogo da Vigilância Sanitária foi elogiada por representantes dos hospitais por permitir maior aproximação entre as equipes e facilitar o trabalho conjunto para encontrar soluções para problemas. “O grande desafio é fazer mudanças estruturais e manter o hospital funcionando. Com essa iniciativa, podemos mostrar a nossa realidade e buscar parcerias; mostrar que é preciso e é possível se adequar”, disse Jussara Benghi Ruggeri, gerente de projetos da área de saúde do Grupo Marista, que mantém os hospitais Santa Casa, Cajuru e Marcelino Champagnat.
Participaram do encontro representantes dos dez maiores hospitais de Curitiba. “É importante termos esse diálogo com diferentes setores para abrirmos espaço para discussões técnicas. Esse contato com os hospitais é de extrema importância já que, mantermos estrutura adequada de fornecimento de água e de circulação de ar, por exemplo, influencia diretamente na qualidade do serviço prestado aos pacientes”, diz Erthal.