Secretário fala sobre casos de chikungunya e zika registrados em Curitiba
O secretário municipal da Saúde, César Monte Serrat Titton, confirmou nesta quarta-feira (24) um novo caso importado de chikungunya registrado em Curitiba. Apesar de os resultados dos exames só terem sido liberados agora, a paciente começou a apresentar os sintomas no final do ano passado, totalizando três casos de chikungunya importados confirmados em 2015 em Curitiba.
Este ano ainda não foi confirmado nenhum caso de chikungunya, mas já são 22 casos importados de zika vírus e 196 casos importados de dengue na cidade – entre eles, um óbito. As informações foram divulgadas durante a prestação de contas da Secretaria Municipal da Saúde aos vereadores, realizada na Câmara Municipal de Curitiba.
A paciente com febre chikungunya, uma mulher residente na região norte de Curitiba, começou a apresentar os sintomas em 19 de novembro, depois de uma viagem para a cidade de Lagoa do Meio, na Bahia. Já de volta a Curitiba, apresentou sintomas como febre alta, dor de cabeça, dores nas articulações. Os exames para a confirmação do diagnóstico são feitos pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).
Ações estratégicas
Durante a apresentação aos vereadores, Titton destacou a intensificação das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya, já desde o mês de outubro, antes mesmo da confirmação da relação entre os casos de zika vírus e a microcefalia pelo Ministério da Saúde. Em 2015, foram realizadas 213 ações educativas, além de cerca de 64 mil pessoas abordadas. No ano anterior, foram 100 ações educativas e apenas 37 mil pessoas abordadas.
O secretário ressaltou que este ano ocorreu uma nova ampliação da estratégia de combate ao Aedes, com o lançamento da Operação Tira Focos, junto com a Secretaria Municipal de Comunicação Social e em parceria com alguns veículos de comunicação, além do plano 366 Dias Contra o Aedes, desenvolvido pelos diversos equipamentos da Secretaria da Saúde. “Durante o Carnaval, foi realizada uma grande operação na rodoferroviária de Curitiba, abordando os turistas que chegavam à cidade. Além disso, todas as unidades de saúde de Curitiba se mobilizaram para promover vistorias, ações educativas e de capacitação entre a comunidade ao longo de todo este ano”, salientou.
Titton enfatizou que o combate ao Aedes aegypti em Curitiba não ficou restrito à Secretaria da Saúde, mas o trabalho foi incorporado e dividido entre todos os órgãos da Prefeitura de Curitiba, a partir das reuniões de Ação Integrada, e que agora vem sendo monitoradas diariamente pela sala de comando da Prefeitura. Além disso, houve o apoio das Forças Armadas para realizar a vistoria em locais de difícil acesso. Ao todo, 5,4 mil estabelecimentos foram vistoriados no período de uma semana. “O maior desafio no combate ao mosquito é justamente conscientizar as pessoas da necessidade de fazer a vistoria nos imóveis semanalmente e incorporar este hábito durante o ano todo, não apenas agora”, comentou.