Profissionais da rede pública de saúde debatem o uso racional de medicamentos
Profissionais que fazem parte dos quatro Comitês de Uso Racional de Medicamentos (Curames) da Secretaria Municipal da Saúde se reuniram nesta sexta-feira (06) para debater os avanços na área desde a implantação dos comitês, há quase dois anos. O encontro, realizado no auditório do Mercado Municipal, reuniu cerca de cem servidores que atuam nas unidades básicas e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24 horas de Curitiba.
Os Comitês de Uso Racional de Medicamentos são grupos de trabalho técnico-científicos que contam com a participação de profissionais enfermeiros, médicos, farmacêuticos, odontólogos, servidores de nível médio, e de representantes dos conselhos locais de saúde. Em Curitiba, foi instituído um comitê para cada macrorregião de saúde (Norte, Sul e Oeste) e outro para as UPAs.
O projeto visa a orientar melhor os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) Curitiba que apresentam alguns fatores de risco como, por exemplo, associação de duas ou mais patologias e precisam de vários medicamentos diários, evitando que cometam erros na ingestão de remédios. A intenção é evitar que as pessoas tomem os medicamentos sem a real necessidade ou erroneamente.
A iniciativa faz parte do Programa de Qualificação dos Serviços Farmacêuticos, do Ministério da Saúde. Nele, farmacêuticos dos Núcleos de Apoio da Saúde da Família (NASF) fazem consultas individuais com os pacientes e seus cuidadores para orientar sobre a forma correta de utilizar os medicamentos.
O secretário municipal de Saúde, César Monte Serrat Titton, destacou o trabalho desenvolvido desde que os comitês foram criados, que vai além da orientação direta aos usuários do SUS, mas com a produção de notas técnicas para orientação de todos os profissionais da rede pública de saúde (disponíveis na página da Secretaria Municipal da Saúde, neste link). “É uma ação para estimular não somente o uso racional de medicamentos, mas para a mudança de cultura em toda a rede de saúde, buscando minimizar os danos aos pacientes”, salientou.
Segundo Titton, o trabalho da assistência farmacêutica contempla um conjunto de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletivo. “O medicamento é um insumo essencial, mas precisa ser usado com cautela e orientação profissional”, argumentou.
Participaram do evento representantes da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), do Conselho Regional de Farmácia (CRF), Conselho Municipal de Saúde (CMS) e do Conselho Regional de Enfermagem (Coren).