Impulsionada pelo El Niño, proliferação do mosquito da dengue aumenta nas regiões subtropicais
O atual surto da dengue nas Américas tem demonstrado a grande capacidade de proliferação do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, não apenas nas regiões tropicais, como também nas subtropicais e nas tradicionalmente mais frias do globo. Esse fenômeno, dizem os especialistas, é fortemente impulsionado pelo evento climático do El Niño, que marcou o ano de 2023 e persiste neste início de 2024, trazendo altas temperaturas e chuvas abundantes.
“Calor e chuva são as condições propícias para a proliferação do mosquito”, afirma a bióloga do Programa Municipal de Controle do Aedes, Tatiana Robaina. “E o El Niño traz todas essas condições”, completa.
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Com o fenômeno climático, regiões que registravam pouco ou nenhum caso de dengue têm visto os números crescerem, contribuindo com a escalada da doença em todo o mundo. Locais anteriormente livres de dengue, como França, Itália e Espanha, reportaram, em 2023, casos de infecções originadas no país, a chamada transmissão autóctone.
A expansão da dengue não aconteceu apenas para novos países. Regiões dentro de um mesmo país e que antes não eram tão acometidas começaram a sofrer com a doença.