FB, 40 anos, mais conhecido como Alemão, vive há 10 anos nos chamados “mocós”, construções abandonadas que acabam se tornando a residência de muitos moradores em situação de rua. Portador de HIV e com tuberculose, ele já estava com a saúde bastante debilitada quando foi encontrado por uma das equipes do Consultório na Rua de Curitiba.

“Um dia passei aqui na frente, bati e como ninguém saiu da casa resolvi entrar. Fui falando que era do ‘postinho’ e entrei. O lixo e a sujeira eram alarmantes. Encontrei o Alemão deitado e quase sem forças. Ele tinha abandonado o tratamento do HIV e a tuberculose estava bem avançada”, explica a auxiliar de enfermagem Elizangela Tambosi.

Após a confirmação da doença, a intenção da equipe era de internar Alemão, já que a saúde estava muito debilitada pelas duas doenças. Mas diante da recusa do paciente, a equipe começou a ir diariamente ao local levar a medicação e acompanhá-lo ao Centro de Orientação e Aconselhamento (COA) para fazer os exames complementares e retomar o tratamento da Aids.

O programa de residência médica em Psiquiatria é o mais disputado entre as residências promovidas pela Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba. A concorrência é de 7,5 candidatos por vaga. Já entre as residências multiprofissionais, a maior procura foi pela de Psicologia em Saúde da Família, com 9,5 candidatos/vaga. As inscrições foram encerradas no início desta semana e 227 profissionais se inscreveram, 109 para as residências médicas e 118 para as multiprofissionais.

Ao todo são 67 vagas para graduados em Medicina, Psicologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Enfermagem, Nutrição, Farmácia e Odontologia. Os programas de residência são uma parceria entre a Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde Curitiba (Feaes) e a Secretaria Municipal da Saúde. Nos programas multiprofissionais a certificação é pelas Faculdades Pequeno Príncipe.

Os cursos são credenciados pelo Ministério da Educação, com carga semanal de 60 horas, e o residente recebe uma bolsa mensal de R$ 2.976,00. Para o diretor do Centro de Educação em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde, Antônio Dercy Silveira Filho, as inscrições superaram as expectativas e alcançaram concorrentes de diversas partes do país. “Esta é uma oportunidade ímpar para os novos profissionais de saúde ampliarem sua formação no cenário de práticas do Sistema Único de Saúde (SUS), integrando o conhecimento científico às necessidades reais em saúde da população curitibana”.

Uma parceria entre a Secretaria Municipal da Saúde e a Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba (Feaes) irá ofertar 67 vagas em residências na área de saúde: Médica e Multiprofissional . As especializações são para graduados em Medicina, Psicologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Enfermagem, Nutrição, Farmácia e Odontologia.

“O objetivo do programa é qualificar ainda mais a assistência no SUS de Curitiba, através da educação em serviço e formar mais profissionais que possam continuar contribuindo nas redes de atenção à saúde”, explica a gerente de Ensino e Pesquisa da Feaes, Marcela Ceci Dohms.

Os residentes atuarão em diversos locais da rede municipal, como nas Unidades Básicas de Saúde, nas Unidades de Pronto Atendimento, no Hospital do Idoso Zilda Arns, na Maternidade Bairro Novo, nos Centros de Atenção Psicossiocial (Caps), no Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD), entre outros.

Quem faz turismo de aventura em regiões rurais e de mata deve estar com a vacina da febre amarela em dia

As pessoas que aproveitam o tempo livre para fazer turismo de aventura ou a praticar esportes em áreas rurais e de mata devem estar com a vacina da febre amarela em dia. O alerta é da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba, tendo em vista o aumento de casos e mortes pela doença em quatro estados brasileiros em 2025: São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins. O maior número de ocorrências se concentra no interior paulista, com oito casos e quatro mortes este ano, de acordo com dados preliminares da Secretaria da Saúde de São Paulo.

Em Curitiba, não há registro de casos de febre amarela, mas com o deslocamento das pessoas em viagens de férias, comuns no verão, o alerta se torna necessário. A vacina está disponível em 109 Unidades de Saúde do SUS Curitibano para pessoas de 9 meses a 59 anos. (Veja mais abaixo)

“A febre amarela é uma doença séria, que pode ser grave e até levar à morte. Quem frequenta áreas rurais e de matas ou viaja para regiões endêmicas precisa estar com a proteção da vacina em dia”, explica a secretária municipal da Saúde, Tatiane Filipak.

Para as crianças menores de 5 anos, são recomendadas duas doses da vacina contra a febre amarela, aplicadas aos 9 meses e aos 4 anos. Para as pessoas entre 5 e 59 anos, somente uma dose garante a proteção por toda vida. Quem não foi vacinado na infância ou não sabe se já recebeu a dose contra a doença, deve procurar uma Unidade de Saúde para se proteger. Em caso de viagem ou deslocamento para regiões rurais, de mata ou para locais onde há ocorrência de casos, a imunização deve ser feita com pelo menos dez dias de antecedência, tempo necessário para que a vacina possa ativar o sistema imunológico.