A abertura da unidade de estabilização psiquiátrica Irmã Dulce, a intensificação das fiscalizações de locais que estão em desacordo com as normas sanitárias contra o coronavírus e a ampliação da testagem e da rede de atendimento de pacientes com covid-19 foram os destaques no balanço do terceiro quadrimestre de 2020 apresentado pela secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak, em audiência pública virtual nesta terça-feira (23/2), na Câmara de Vereadores.

A apresentação do relatório aos vereadores segue uma determinação legal, de prestação de contas quadrimestral, segundo prevê a lei complementar federal 141/2012.

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba vacinou, até segunda-feira (22/2), 15.746 pessoas com a segunda dose do imunizante contra o novo coronavírus. A vacinação está sendo feita nas instituições de longa permanência, para os profissionais de saúde e para os indígenas.

A aplicação da primeira dose da vacina foi feita até sexta-feira (19/2) e somou 65.666 doses. Foram imunizados 4.818 moradores, funcionários e cuidadores de instituições de longa permanência; 73 indígenas; 17.928 idosos; e 42.847 profissionais dos serviços de saúde da cidade, incluindo as equipes de vacinação.

Na sexta-feira (19/2), para garantir a continuidade da vacinação dos idosos de 85 anos ou mais, a SMS usou, até o meio dia, 416 vacinas do volume destinado à aplicação da segunda dose dos pacientes já imunizados com a primeira. O volume vai ser reposto assim que o município receber mais vacinas.

A cada dose de vacina contra a covid-19 aplicada existe uma mistura de sentimentos, como esperança, gratidão, alegria e muita empatia. Assim tem sido a rotina de emoção dos profissionais de enfermagem que imunizam a população curitibana neste primeiro mês de campanha de vacinação.

Na linha de frente da imunização contra a maior pandemia do século, a cidade tem cerca de 300 vacinadores da Secretaria Municipal da Saúde. Equipes que se revezam entre os vários grupos prioritários da imunização: idosos , moradoes de lares de longa permanência, profissionais da saúde, nos drive-thrus, nas unidades de saúde, no Pavilhão da Cura, no Parque Barigui e nos lares dos que precisam.

Todos são profissionais com experiência em vacinação, e embora muitos tenham participado de importantes campanhas de imunização, como na pandemia da H1N1, em 2009, o trabalho atual é incomparável.

O início da vacinação contra a covid-19 despertou esperança, mas também acendeu um sinal de alerta para as autoridades em saúde: o risco de relaxamento do distanciamento social e do uso de máscaras por parte da população, cuidados que ajudam a salvar vidas e não poderão ser dispensados tão cedo.

Para despertar a consciência e a responsabilidade dos curitibanos, a Prefeitura lança nesta terça-feira (23/2), em suas redes sociais, uma campanha com depoimentos reais e espontâneos dos profissionais que trabalham na linha de frente da covid-19.

Com o mote “Nossa luta depende da sua”, médicos, enfermeiras, fisioterapeutas, técnicos em enfermagem, socorristas do Samu relatam seus sentimentos em relação ao comportamento negacionista de parte da população com a gravidade do vírus e da pandemia.