Em 45 dias, casos de dengue em Curitiba já são mais da metade do total registrado em 2023

Em 45 dias casos de dengue em Curitiba já são mais da metade do total registrado em 2023

Em apenas 45 dias de 2024, Curitiba já alcançou mais da metade de todos os casos de dengue registrados no ano passado. São 349 – 311 importados e 38 autóctones (transmissão local). No ano passado, o município contabilizou 687 casos de dengue – 652 importados e 35 autóctones.

Os dados estão no último boletim da dengue produzido pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), que traz o balanço de casos entre 1º de janeiro e 15 de fevereiro deste ano.

Com 55 casos importados e 21 autóctones, o Distrito Sanitário Tatuquara é o mais afetado.

“Os números estariam muito maiores sem as ações de combate ao mosquito nos anos anteriores e agora, quando intensificamos mutirões e bloqueios sanitários”, disse a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.

Mutirão Curitiba sem Mosquito chega à comunidade Santa Rita, no Tatuquara

Mutirão Curitiba sem Mosquito chega à comunidade Santa Rita no Tatuquara

O mutirão contra a dengue chega nesta sexta-feira (16/2) à comunidade Santa Rita, no Distrito Sanitário Tatuquara. Agentes de endemias e comunitários irão percorrer 45 quarteirões próximos à unidade de saúde da área. O objetivo é vistoriar imóveis e orientar moradores sobre recolhimento de resíduos.

Na semana que vem, segunda (19/2) e terça (20/2), caminhões de coleta da Secretaria Municipal do Meio Ambiente vão recolher os entulhos, que devem ser separados pelos moradores e colocados nas áreas delimitadas pelos agentes de endemias.

A ação conjunta das secretarias municipais da Saúde e do Meio Ambiente busca evitar criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças dengue, zika e chikungunya.

Prefeitura de Curitiba recolhe 91 toneladas de resíduos em mutirões de limpeza contra a dengue

Prefeitura de Curitiba recolhe 91 toneladas de resíduos em mutirões de limpeza contra a dengue

Nos quatro mutirões Curitiba sem Mosquito realizados neste ano, os caminhões da Limpeza Pública da Secretaria Municipal do Meio Ambiente recolheram 91,34 toneladas de materiais inservíveis, resíduos descartáveis, resíduos sólidos e entulhos separados pelos moradores dos bairros Campo de Santana (dias 29 e 31/1), São Braz (5 e 6/2), Cajuru (6 e 7/2) e Monteiro Lobato, no Tatuquara (8 e 9/2). A ação contínua é feita em conjunto pelas secretarias municipais da Saúde e do Meio Ambiente.

Nesta quinta (15/2) e sexta-feira (16/2), os caminhões da Limpeza Pública estão percorrendo as ruas da Vila Verde, na CIC. Durante o carnaval, o trabalho não parou e na segunda (12/2) e terça-feira (13/2) os resíduos foram retirados na Vila Esperança, no bairro Atuba. A quantidade de material recolhido ainda está sendo contabilizada pelas equipes do Meio Ambiente.

Saúde em Casa leva dignidade no atendimento domiciliar a pacientes terminais em Curitiba

Saúde em Casa leva dignidade no atendimento domiciliar a pacientes terminais em Curitiba

Onde você gostaria de passar seus últimos dias: em casa ou no hospital? Em Curitiba, os pacientes com doenças terminais que escolhem o aconchego do lar, ao lado da família, contam com atendimento especializado da equipe de cuidados paliativos do programa Saúde em Casa.

Hoje, 35 pacientes com este perfil são acompanhados pelo Saúde em Casa. O aposentado Pedro de Paula, 90 anos, é um deles. Recebe assistência desde setembro de 2022, quando recebeu o diagnóstico da evolução de um tumor renal. Para o filho Mauro de Paula, um dos cuidadores, o atendimento do programa tem sido um alívio.

“Quando meu pai saiu do hospital, eu me senti perdido”, conta Mauro. “O que nos passaram sobre o estado de saúde dele foi muito duro. Parecia que estávamos levando (meu pai) para casa para morrer e eu não tinha ideia de como iria ser”, relembra.

A família foi orientada a pedir o acompanhamento do Saúde em Casa na unidade de saúde Parque Industrial, no Capão Raso, onde seu Pedro é atendido. Anderson de Paula, irmão de Mauro e cuidador, foi até lá para incluir o pai nos cuidados paliativos do programa assim que ele deixou o hospital.

Os irmãos não sabiam da existência do programa e achavam que os profissionais de saúde iriam demorar para procurá-los. “Naquele mesmo dia, à tarde, bateram palmas no portão. Era a equipe: a gente não estava mais sozinho”, relata Mauro, emocionado. “Eles são maravilhosos, nos auxiliam em tudo, além de serem muito atenciosos com nosso pai”, acrescenta.

Curitiba atenta: identificar sintomas da dengue facilita diagnóstico precoce

Curitiba atenta identificar sintomas da dengue facilita diagnóstico precoce

O cenário de alta de casos reforça a necessidade de atenção aos sintomas característicos da dengue. A identificação dos sinais faz a diferença para o diagnóstico precoce, importante para o tratamento adequado.

Febre alta, com duração de dois a sete dias, pode ser um indício da doença se estiver associada a outros sintomas, como náuseas ou vômitos, manchas vermelhas no corpo, dor no corpo e articulações, dor de cabeça ou dor atrás dos olhos, mal-estar e falta de apetite.

Como esses sintomas podem, eventualmente, ser confundidos com os de outras doenças, um dado é considerado fundamental na hora de relatar o problema de saúde para uma autoridade médica.

“A pessoa com sintomas se ajuda e nos ajuda quando informa que esteve em uma região onde há casos de dengue. Isso antecipa o diagnóstico e o tratamento, além de permitir o bloqueio sanitário no perímetro onde mora”, afirma o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Alcides Oliveira.

O curitibano pode buscar informações sobre a doença na Central Saúde Já pelo telefone 3350-9000. Se já estiver com sintomas, a recomendação é procurar sua unidade de referência ou uma UPA da cidade.