Vigilância Sanitária de Curitiba reforça proibição de pomadas para trançar cabelos

A Vigilância Sanitária de Curitiba reforça o alerta emitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no último dia 10 de fevereiro: temporariamente, todas as pomadas para modelar e trançar cabelos estão com a comercialização proibida no País.

A decisão é resultado de uma avaliação de risco feita pela Anvisa e foi adotada tendo em vista o aumento do número de casos de efeitos indesejáveis graves associados ao uso desse tipo de produto em todo o país.

Enquanto a medida estiver em vigor, nenhum lote de qualquer desses produtos pode ser comercializado e não deve também ser utilizado por consumidores e profissionais de beleza. Mesmo exemplares adquiridos anteriormente e existentes nas residências ou em salões de beleza não devem ser utilizados.

“Neste momento, não há a indicação pela Anvisa, de recolhimento destes produtos. O que significa dizer que os estabelecimentos devem separar e guardar, não vender. Os consumidores que já tenham pomada em casa também devem guardar e não utilizar, enquanto não houver maiores esclarecimentos e definição dos próximos passos”, explica a coordenadora da Vigilância Sanitária de Curitiba, Francielle Narloch.

Até o momento, o município de Curitiba não registrou nenhum caso com efeito adverso relacionado ao uso das pomadas.

Veja orientações de como proceder abaixo.

Interdição cautelar
A interdição cautelar da Anvisa é uma medida preventiva e temporária para proteger a saúde da população e permanece vigente enquanto são realizados testes, provas, análises ou outras providências requeridas para a investigação e a conclusão do caso.

A decisão é resultado de uma avaliação de risco feita pela Anvisa e foi adotada tendo em vista o aumento do número de casos de efeitos indesejáveis graves associados ao uso desse tipo de produto em todo o país.

Entre os eventos relatados pelos usuários estão cegueira temporária (perda temporária da visão), forte ardência nos olhos, lacrimejamento intenso, coceira, vermelhidão, inchaço ocular e dor de cabeça. Segundo as informações disponíveis, os eventos ocorreram, principalmente, com pessoas que tomaram banhos de mar, piscina ou mesmo de chuva após terem feito uso dos produtos.

A avaliação de risco feita pela Anvisa, em conjunto com o Ministério da Saúde e as Vigilâncias Sanitárias locais, indica que, diante do número de ocorrências, da distribuição geográfica e da diversidade de marcas envolvidas, a medida mais segura é interditar esses produtos até que todas as providências possíveis sejam adotadas para evitar novos eventos indesejáveis.

A Anvisa e os órgãos estaduais e municipais de vigilância sanitária seguem investigando os casos, os produtos associados e as empresas fabricantes. A Agência continuará publicando medidas preventivas específicas para determinadas empresas e produtos, à medida que a investigação fornecer mais evidências.

Orientações

Em caso de acidente, o consumidor deve procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo. É importante também que o cidadão ou o profissional de saúde notifique a Anvisa sobre a ocorrência neste link. Para o preenchimento do formulário é importante que esteja de posse dos dados disponíveis no rótulo do produto.

 

O que devo fazer?
Consumidor
• Não use ou adquira esses produtos.
• Se fez uso recente, lave os cabelos com cuidado, sempre lembrando de inclinar a cabeça para trás, para que o produto não entre em contato com os olhos.
• Em caso de contato acidental com os olhos, lave imediatamente os olhos com água em abundância.
• Em caso de qualquer efeito indesejado, procure imediatamente o serviço de saúde mais próximo de você.
• Em caso de efeito indesejado, notifique o caso à Anvisa por meio deste endereço.

Profissionais, salões e comércio em geral
• Não utilizem esses produtos em nenhum cliente.
• O manuseio do produto também pode trazer risco aos aplicadores.
• Não comercialize esses produtos enquanto a medida estiver em vigor.
• Não existe determinação de recolhimento de todos os produtos no momento, mas o produto deve ficar separado e não deve ser exposto ao consumo ou uso.

Profissionais de saúde
• Ao realizar atendimento de pacientes com quaisquer efeitos indesejáveis à saúde supostamente relacionados com o uso de produtos para trançar/modelar os cabelos ou de outros produtos cosméticos, notifique o caso à Anvisa por meio deste endereço.