Doses de reforço da vacina contra a covid-19 são indispensáveis para manter a população protegida. É o que mostra o levantamento da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, em relação aos óbitos ocorridos de janeiro de 2022 até o momento.
Segundo o levantamento, feito para o grupo de pessoas com 50 anos ou mais, o risco da não imunizada morrer é 61 vezes maior em relação à vacinada com duas doses do ciclo básico (ou com a dose única).
Essa proteção é ainda melhor se houver doses adicionais. Uma pessoa com 50 anos ou mais imunizada com as doses do ciclo básico tem dez vezes maior risco de morrer quando comparada a alguém que recebeu também a dose de reforço.
“Quando a pessoa faz a dose de reforço, ela agrega camadas de proteção. O que é indispensável, considerando que os estudos mostram queda da imunidade gerada pela vacina ao longo do tempo”, analisa o epidemiologista da secretaria Diego Spinoza.
“O reforço, então, é uma forma de recuperar essa barreira, esse escudo de proteção, que é feito pela vacina e que acaba se deteriorando com o tempo”, explica.
A secretária municipal da saúde de Curitiba, Beatriz Battistella, reforça que embora a pandemia pareça ter arrefecido, a covid-19 continua sendo uma doença grave e que leva a óbitos. Desde o início deste ano foram registradas cerca de 500 mortes causadas pela doença.
“Levando em conta as taxas mostradas pelo levantamento, o risco de óbito para pessoas que não estavam com o esquema vacinal completo, sem os reforços recomendados, é bem maior”, explica Beatriz. “Por isso, a importância de manter o esquema vacinal em dia e não deixar de fazer os reforços recomendados”, diz.
Os dados do levamento são obtidos a partir dos coeficientes de mortalidade de cada grupo. Para cada um deles (não imunizados, imunizados e pessoas que receberam também reforço) é calculada uma taxa de ocorrência de óbitos a cada 100 mil pessoas com 50 anos ou mais. Depois essas taxas são comparadas.