O Conselho Municipal de Saúde de Curitiba (CMS) alerta para várias mudanças que estão acontecendo nas Unidades de Saúde e nas UPAs de Curitiba. A UPA Fazendinha passa por reformas desde hoje (16 de novembro). A previsão é que ela seja reaberta somente em fevereiro de 2016. Neste período, os casos de urgência e emergência devem ser encaminhados às UPAs mais próximas, como Pinheirinho, CIC e Campo Comprido.

A Unidade de Saúde Capanema, na Vila Torres, também está fechada a partir de hoje. A previsão é que a reforma seja concluída em 60 dias. Neste período, o atendimento será redirecionado para o Centro de Saúde Irmã Eunice Benatto, e as consultas odontológicas, para a Clínica da PUC.

UNIDADES DE SAÚDE REABERTAS

Duas unidades de saúde que foram revitalizadas já foram reabertas: a Unidade de Saúde João Cândido, localizada no bairro Sítio Cercado, foi reaberta no dia 9 de outubro; e a Unidade Nossa Senhora Aparecida, no dia 3 de novembro. 

A Comissão de Saúde do Homem do Conselho Municipal de Saúde de Curitiba (CMS) preparou um cartaz sobre o Novembro Azul. Os conselheiros e integrantes da Comissão divulgarão este material nos conselhos locais e distritais, bem como nas unidades de saúde, com o intuito de sensibilizar a população masculina a realizar exames preventivos.

Durante a reunião Ordinária do CMS do mês de novembro, o CMS lembrou do Novembro Azul com roupas azuis e bigodes, símbolos usados durante o período.

Acesse o cartaz elaborado pela Comissão, abaixo.

Cartaz Novembro Azul 2015

          Preocupados com a situação financeira da saúde em Curitiba, integrantes da Mesa Diretora do Conselho Municipal de Saúde de Curitiba (CMS) fizeram uma denúncia ao Ministério Público Estadual sobre a utilização das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Curitiba por pacientes da região metropolitana. Um levantamento realizado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) no final do mês de outubro de 2015 apontou que até 40% dos usuários destes locais são oriundos de municípios vizinhos.

Segundo o levantamento, o impacto é mais sentido nas UPAs Boa Vista e Matriz, onde entre 30% e 40% do total de atendimentos são para usuários de outros municípios, principalmente Colombo e Almirante Tamandaré. Considerando a média das nove UPAs da cidade, pelo menos 10% da demanda é resultado de busca direta por moradores da região metropolitana. Em média, são 91 mil atendimentos por mês, dos quais cerca de 9 mil de outras cidades.

            O presidente do CMS, Adilson Tremura, afirma que a situação é preocupante, já que os custos desses atendimentos ficam a cargo do município de Curitiba. Ele explica ainda que a Mesa Diretora pretende ter um respaldo do Ministério Público no sentido de encontrar soluções para o problema. “Vamos propor um encontro com todos os conselhos da região metropolitana para, juntos, discutirmos esta situação”, comentou Tremura. Em princípio, esta reunião está marcada para o dia 2 de dezembro de 2015.

Segundo a pesquisa da SMS, no diagnóstico geral, Colombo é o município de onde mais vêm  mais usuários para Curitiba. Financeiramente, significa para a Prefeitura de Curitiba um investimento médio mensal de quase R$ 500 mil só com moradores de Colombo. Almirante Tamandaré, que vem em segundo lugar, representa um investimento mensal de R$ 240 mil. Pinhais é o terceiro colocado em demanda, com um gasto de R$ 184 mil/mês. Ainda segundo a SMS, para custear as nove UPAs, a Prefeitura de Curitiba gasta mensalmente cerca de R$ 15,7 milhões. A única contrapartida vem do Ministério da Saúde, num total de 2,1 milhões/mês.

Falta de RH e déficit na FEAES ainda preocupa

            A falta de recursos humanos, um problema recorrente na SMS, também foi discutida na semana passada pelos membros da Mesa Diretora do CMS. Em reunião com a secretária Municipal de Finanças de Curitiba, Eleonora Fruet, discutiu a incorporação dos médicos concursados ao sistema, a situação financeira da Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba (FEAES) – que está com um déficit de R$ 4 milhões mensais - e a Lei 141 que, na prática, não tem sido cumprida em sua totalidade. Em relação ao RH, a secretária Eleonora agendou uma nova reunião entre todas as partes envolvidas – Secretaria de Recursos Humanos, SMS e Finanças – para discutir o assunto. Sobre a FEAES, ainda não há nenhuma solução para o déficit financeiro.

            Nesta gestão (2013-2015), o Conselho Municipal de Saúde de Curitiba (CMS) vai realizar a capacitação de conselheiros por distritos sanitários, utilizando o método da andragogia (veja abaixo como funciona este método).  O primeiro Distrito a receber a capacitação será o da CIC, cujas atividades estão marcadas para os dias 6 e 7 de novembro.

           A capacitação consta no Plano Municipal de Saúde e tem como principal objetivo divulgar informações sobre controle social para os conselheiros. E estes, por sua vez, sendo multiplicadores, o fazem na comunidade onde vivem, tornando-se não somente aprendizes, mas também capacitadores.  

A capacitação está sendo organizada pela Comissão de Comunicação e Educação Permanente do CMS, pela secretaria executiva do CMS e pelo Centro de Educação em Saúde (CES) da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba (SMS). Em princípio, estuda-se começar os módulos em dois distritos sanitários ainda em 2015 – distritos que ainda estão sendo definidos. No ano passado, a Comissão optou pelo modelo de Seminário, que foi realizado no mês de dezembro. No entanto, a Comissão avaliou que a capacitação apenas com palestras não contempla os objetivos, que seriam tornar o conselheiro ainda mais capaz de atuar de maneira satisfatória dentro do controle social e de ser disseminador dessas informações no meio em que atua.

Neste ano, a renovação de conselheiros foi grande, e por isso a capacitação em formato ativo se torna ainda mais importante, como lembra o presidente do CMS, Adilson Tremura. “A capacitação é importante na medida em que difunde a importância dos conselheiros para o controle social, já que muitos deles não têm o entendimento correto do seu papel e atribuições.”, comenta Tremura. O CMS conta com 81 conselheiros. Neste ano, a renovação foi grande, mas será possível saber quais foram as alterações e quais foram mantidos após a posse, que será realizada no dia 9 de dezembro, no CMS.

O presidente do CMS lembra ainda que o conselheiro, ciente de suas atividades, consegue disseminar estes conhecimentos na sociedade, que também passa a entender a importância dos conselhos para a saúde.

A coordenadora da Comissão, Emanuelli Cóllere, diz que é importante capacitar os conselheiros de saúde, em especial os novos, para que exerçam de fato o controle social. “Eles necessitam entender conceitos básicos, como o funcionamento de um conselho de saúde, por exemplo - que eles mesmos representam - qual o seu papel dentro do conselho e fluxos do SUS, entre outros temas”, afirma Emanuelli.

VOCÊ SABE O QUE É ANDRAGOGIA?

A palavra “andragogia” vem do grego e significa andros, adulto, e gogos, educar. Trata-se de um arte ou ciência que busca a orientação e o ensino de adultos, segundo a definição dada por Malcolm Knowles na década de 1970. A UNESCO já utilizou o termo para referir-se à educação continuada. Para Franklin Wave, andragogia é “a arte de causar entendimento”. O modelo andragógico baseia-se nos seguintes princípios:

1. Necessidade de saber: adultos precisam saber por que precisam aprender algo e qual o ganho que terão no processo.

2. Autoconceito do aprendiz: adultos são responsáveis por suas decisões e por sua vida, portanto querem ser vistos e tratados pelos outros como capazes de se autodirigir.

3. Papel das experiências: para o adulto suas experiências são a base de seu aprendizado. As técnicas que aproveitam essa amplitude de diferenças individuais serão mais eficazes.

4. Prontidão para aprender: o adulto fica disposto a aprender quando a ocasião exige algum tipo de aprendizagem relacionado a situações reais de seu dia-a-dia.

5. Orientação para aprendizagem: o adulto aprende melhor quando os conceitos apresentados estão contextualizados para alguma aplicação e utilidade.

6. Motivação: adultos são mais motivados a aprender por valores intrínsecos: autoestima, qualidade de vida, desenvolvimento.